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E a gente que vejo por aí
Envolta no vazio da tristeza...
Traz na cara a resignação
Da esperança castrada
São autómatos da vida
Máquinas controladas
Presos por ela
E por si próprios
Numa corrida incontida...
Sulcos profundos
Em cada rosto
Dão mostra
Da miséria
E do desgosto
De quem
Porque pode
Ou não quer, ou vice-versa
Cai no frio encosto do perder
Desta vida
Que de tão boa
Também é tão perversa...
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