quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

FELIZ ANO 2010!...



Entrar em 2010 com um sorriso não se afigura nada fácil…mas até pode ser fácil…haver sempre um sorriso constante em 2010 é que pode não ser possível, mas todos lutaremos para que tal seja possível.


Por mim só posso desejar um óptimo 2010, cheio, recheado de felicidade!


Que todos tenham o direito a ser felizes…


segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

PORQUE SERÁ?


Algo de estranho se passa com o processo Face Oculta, ao contrário do que tem sido o padrão espalhafatoso deste tipo de processos conduzidos pela nossa justiça, de repente fez-se silêncio, até parece o processo BPN ou operação Furacão que não envolvem nem Sócrates, nem professores, familiares, amigos ou meros conhecidos do primeiro-ministro.

Quando surgiu este processo prometeu muito, as buscas conduzidas pelo Ministério Público deram lugar a um imenso espectáculo mediático, os próprios políticos que tinham sido comedidos em anteriores processos não resistiram à tentação de se envolverem. Ainda antes de se saber quem era o “face oculta” já Jerónimo de Sousa exigia investigações a fundo e o senhor Palma, o sindicalistas dos magistrados do MP exigia que houvessem meios para as investigações irem para “Angola e em força”.


O país foi intoxicado com mentiras acerca de luvas pagas a Vara, um verdadeiro petisco para jornalistas, caricaturistas, bloggers e gente que sofre de dor de corno. Só que afinal em vez de luvas vara recebeu um par de robalos numa festa de Vinhais (lá ficou com o carro do BCP a cheirar a peixe) e o verdadeiro petisco do processo nem era robalo “ao sal”, mas sim as escutas feitas de forma oportuna ao primeiro-ministro.


Só que desta vez alguém deu um tiro no pé, a mentira foi desmontada depressa, o país desconfiou dos magistrados e muitas vozes protestaram contra a orgia de violações do segredo de justiça. O PGR até teve que explicar que não fazia sentido desmentir mentiras (como se fizesse sentido confirmar verdades) e até abriu um processo contra um advogado , acusado de violação do segredo de justiça. Ao que parece os magistrados fizeram umas marcas para apanharem alguém com a boca na botija.


Só que algo não está a correr como é normal na nossa justiça, algo está a correr mal pois nem a TVI fez uma das suas vídeo-novelas simulando conversas escutadas, nem a Felícia Cabrito conseguiu ajudar o dono do Sol a vender mais jornais. De repente fez-se silêncio no processo, a “Face Oculta” ocultou-se.


Será que a justiça retomou a normalidade? Duvido, só que desta vez a corda esticou tanto que o feitiço se virou contra o feiticeiro e os portugueses em vez de desconfiarem do Vara acabaram por desconfiar de outras personagens. Porque será que o senhor Palma nunca mais falou do assunto? Porque Razão Jerónimo de Sousa vão voltou a exigir que as investigações fossem até ao fim?


Por falar em Face Oculta ocorre-me uma outra interrogação: o que se passará com o processo Freeport? Por este andar ainda o centro Comercial se vai reformar por velhice e a nossa justiça ainda anda a preparar as conclusões das investigações. Compreendo perfeitamente a dificuldade, depois de haverem arguidos suspeitos de terem cometido crimes imaginados vai ser um problema desfazer o nó. Depois de tudo o que sucedeu ou o Ministério Público arranja qualquer coisa para mostrar aos portugueses ou estes vão chegar à conclusão de que andam a alimentar burros a pão-de-ló.


Tenho a ligeira sensação de que não é só no carro do BCP que cheira a peixe, tudo isto começa a cheirar muito mal.


Jumento

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

PSD: Vasco Pulido Valente




«Ora a acção do PSD é desastrosa. Não vale a pena falar da interminável querela interna que dia a dia o desacredita - um partido que publicamente confessa a sua falta de unidade (Marcelo) ou a sua completa irrelevância (Balsemão) talvez ganhe o Céu, mas não ganha votos. Nem ganha votos de certeza a campanha parlamentar contra a alegada corrupção do Governo e do primeiro-ministro. Ou a proposta de política económica para atenuar a crise, que na aparência favorece os "ricos" (subsidiando as PME) e reserva a caridade para os pobres (prometendo, aliás nebulosamente, ajuda às famílias). O PSD, de resto, tende às vezes para o populismo ou o liberalismo, como qualquer direita numa social-democracia e, quando se toma por social-democrata, conforme o seu nome, não é tão convincente como o PS. Nesta barafunda, começa a emergir a suspeita de que o país se prepara para o dispensar como um anacronismo sem utilidade.»


Vasco Pulido Valente, Público, 13.12.09.


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

QUEM SERÃO OS PALHAÇOS?


O Parlamento está a servir para desancar ora no governo, que volta e meia é devolvido à oposição, num ambiente sem semelhanças até então. Ora entre deputados, sejam já experientes nessas andanças, sejam novatos a ocupar tão elevado cargo.
E o pior é o nível baixo de linguagem que se usa para desancar nos visados.
A missão de um deputado aos olhos da opinião pública já é sombria. Cheia de interrogações quanto ao que deles se espera. Pede-se que estejam ao lado das populações que os elegeram e na maioria dos casos estão mas é ao lado dos seus interesses pessoais e o resto é conversa. Mas agora assistir a autênticos duelos carnavalescos como o de hoje é demais!
Não interessa estar perante a Ministra da Saúde, na comissão parlamentar, onde se deslocou para responder a questões tão pertinentes. Acho que se fosse o Papa era o mesmo. E toca a abrir as goelas e pumba lá vai bomba e toma lá deputado socialista que levas-te para contar e de permeio levas com palhaço em alto e bom som.
Caldo entornado e comissão incrédula perante tamanha ousadia da deputada.
Logo o deputado visado com o sangue a subir-lhe à cabeça ripostou prontamente. E não adiantava o presidente meter-se no meio para tentar parar com o pingue-pongue de descobrir o rabo aos dois, porque nenhum deles fazia questão de se ficar por ali.
E nós portugueses que elegemos esta gente, assistimos a estes folhetins de roupa suja, que pensávamos erradicada de tão distinto palco, entrar no caminho de se generalizar e bater no fundo.
Se tal acontecer e espero que fique por aqui, para isso alguém com responsabilidades neste País terá que dar um murro na mesa e por na ordem os desordeiros que estão a manchar o Parlamento, de zanga de comadres com birras de adolescentes traídos.
O novo Parlamento ainda não aqueceu o lugar e já contabiliza cenas impróprias de um País Europeu e Democrático!
Impera o nervosismo e o autoritarismo de um lado, onde deputados habituados a fazer valer as suas convicções, são hoje postos em causa com o diz que disse de uma comunicação que mete veneno para o lado que mais lhe convém.
Impera a inexperiência e a pouca preparação de quem ainda agora chegou e de quem está lá para se projectar e tirar dividendos pessoais e que logo caí na tentação de responder na mesma moeda perdendo desde logo a razão que possa ter ao ser tão directamente insultado.
E nós vamos assistindo a este fogo cerrado manchando a passos largos toda a credibilidade de pessoas que lá foram postas com o voto de milhões de portugueses, para enriquecerem a nossa democracia e nos dar garantias de defenderem as regiões para os quais foram eleitos.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

CIMEIRA DE COPENHAGA



Já passaram os tempos em que os ambientalistas tinham aquelas atitudes patéticas e parvas para chamar a atenção para as questões ambientais.


Hoje os jovens, e os menos jovens, já têm essa consciência!


Todos nós temos a obrigação de ter atitudes em prol do nosso Planeta. Nos tempos actuais levantam-se temas para os quais os o cidadão deve participar e ter uma actividade.


Para além das questões sociais, hoje obrigatoriamente a merecer a nossa atenção, temos também as questões ambientais.


São dois temas fortes em pleno século XXI!


São assuntos de cidadania a que os responsáveis políticos não têm sabido responder.


Por estes e outros motivos, cada vez mais, na sociedade actual as organizações não governamentais tem uma papel já preponderante, e essencial, no apoio aos desfavorecidos e no alerta para as questões do ambiente.


A Cimeira de Copenhaga iniciada hoje discutirá o próximo passo internacional contra o aquecimento global, nunca o mundo esteve tão preocupado com a causa climática. As próximas duas semanas serão decisivas nesta matéria, é necessário impedir o aumento da temperatura, em cerca de dois graus, até ao final do século actual.


Mas para tal é premente que se limitem as emissões de CO2.


E é aqui que organizações e todos nós temos um papel essencial a desempenhar, dando a máxima colaboração ao Programa de Ambiente das Nações Unidas (PANU), bastando para tal ter atitudes de prevenção e de alerta para o meio ambiente.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Amor é brando, é doce e é piedoso: Luis Vaz de Camões

Quem diria que o épico autor dos Lusíadas seria assim um coração de manteiga (numa época em que não havia geladeiras para se manter a manteiga sem derreter à toa.) Luiz Vaz de Camões dispensa títulos ou comentários. Heis um de seus intermináveis sonetos de amor. Este diz muito por mim, em suas poucas palavras.
Quem diz que Amor é falso ou enganoso,
Ligeiro, ingrato, vão, desconhecido,
Sem falta lhe terá bem merecido
Que lhe seja cruel ou enganoso.

Amor é brando, é doce e é piedoso:
Quem o contrário diz não seja crido,
Seja por cego e apaixonado tido,
E aos homens, e ainda aos deuses, odioso.

Se males faz Amor, em mim se vêm;
Em mim mostrando todo seu rigor,
Ao mundo quiz mostrar quanto podia.

Mas todas as suas iras são de Amor;
Todos esses seus males são um bem
Que por outro bem não trocaria

domingo, 6 de dezembro de 2009

O SOL E SÓCRATES...


No seu estilo habitual, José António Saraiva analisa a figura do primeiro-ministro. Saraiva enumera os boatos, as intrigas e as calúnias com que, sem êxito, o seu próprio jornal tentou atingir Sócrates, desde que ele se tornou secretário-geral do PS e primeiro-ministro.

Nas suas frases curtas e assertivas, Saraiva apresenta a lista do costume — Cova da Beira, licenciatura, Freeport e Face Oculta… Certamente por lapso, apenas se esquece das torpes insinuações sobre a orientação sexual de Sócrates.

Para compor o ramalhete e completar o seu retrato, dando largas à sua vocação de psicanalista de pacotilha, Saraiva diz ainda que Sócrates é conhecido pelas suas más companhias. Refere-se por certo a militantes do PS que foram ou são arguidos em processos.

É claro que Saraiva, como sempre, não cultiva a equanimidade. Esquece-se sempre daquele vasto número de militantes e dirigentes do PSD que surgiram envolvidos nos maiores escândalos financeiros lusitanos, que, nos Estados Unidos da América, não dariam menos do que prisão perpétua.

No entanto, Saraiva confronta-se com um enigma. Como é possível, pergunta ele, que José Sócrates, que não bebe do fino nem tem amigas tão selectas como a sua subordinada Felícia Cabrita, recolha o apoio de figuras históricas do PS, que lhe reconhecem as qualidades e o valor como governante?

Saraiva dá uma resposta dilemática: ou Sócrates consegue enganar muita gente (menos a ele, claro, o arguto pequeno grande arquitecto) ou essa gente está a agir estrategicamente, aproveitando-se de Sócrates como um aríete para derrubar Cavaco na próxima eleição presidencial.

Saraiva não tem, porém, razão. A verdade é outra. Há dois Sócrates. O líder do PS e primeiro-ministro, que recolhe a confiança da maioria dos concidadãos, expressa em sucessivas eleições democráticas, e um outro Sócrates, esconso e sinistro, que existe na cabeça do próprio Saraiva. Essa personagem fictícia e fantasmagórica é, na realidade, assustadora e repelente. Mas talvez não seja muito diferente do seu criador.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

RECIBO VERDE: ARTIGO 24º DA DECLARAÇÃO DO DIREITOS HUMANOS.



Uma amiga escreveu-me este testemunho:




Fui trabalhadora independente durante quase 8 anos e agora já não sou, mas estou solidária com a causa e queria enviar-te umas questões que acho pertinentes como soluções possíveis ou como temas a focar:


- Quando os trabalhadores independentes têm avenças e colaborações permanentes (com trabalho certinho todos os meses, durante um, dois, três, quatro anos ou mais), não passam de acordos verbais sem qualquer valor perante a Segurança Social. Aliás, são quase sempre acordos verbais. Mas os recibos deviam servir de prova e de base para um subsídio de desemprego quando essa avença acaba (normalmente, de forma abrupta e sem pré-aviso; e quantas vezes não é com um mail a dizer: a partir de amanhã, acabou. Adeus, passe bem).


Mais do que lutar por um contrato de avenças ou seja o que for, acho que é preciso exigir que os recibos (para todos os efeitos, um documento oficial) sirvam por si sós. Isto para não correr o risco de que as empresas ignorem ou dispensem os trabalhadores que exijam o tal contrato ou para evitar que caiam na tentação de estipular prazos para limitar este tipo de trabalho independente (até 3 anos; ou até 5 anos e depois, obrigatoriamente, contrato - que as empresas recusarão dispensando o trabalhador ou arranjando outra forma de dar a volta).


Esta é uma questão específica que não afecta os intermitentes ou aqueles que trabalham para direfentes entidades sem uma frequência específica - neste casos, será mais difícil reclamar o direito a um subsídio de desemprego, embora seja igualmente justo fazê-lo.

- Também devem ter em conta as despesas incontornáveis que os recibos-verdes têm fazer para trabalhar (telefones; net; electricidade, computadores, material...) e que só se conseguem descontar se ganherem uma fortuna de pelo menos 10 mil €/ANO (uau!), sendo automaticamente obrigados a declarar IVA no ano seguinte... Aí sim, podem descontar algumas coisas, mas arranjam outro filme pior: gerir a cobrança (à empresa) e entrega (ao Estado) do IVA. Caso se falhe por um dia: coima!


Quanto a isto, políticos e especialistas em finanças podem alegar que na declaração de IRS já estão englobadas essas despesas... mas o valor calculado é claramente insuficiente, sobretudo para quem faz muitas deslocações, já que a gasolina + portagens e a alimentação não são contabilizadas ou deduzíveis no IRS (só na declaração do IVA é que se pode descontar 50% das despesas com gasóleo e portagens, acho, desde que se justifique que foram feitas em trabalho).
Quando a isto, uma ideia, sugestão: por que a empresa não paga o IVA directamente ao Estado, como faz com a Retenção na Fonte? Depois, quem tivesse despesas a descontar, reclamava o dinheiro ou perdia-o, mas não se habilitava a ter de pagar mais ainda em coimas + juros de mora, etc.


É que as empresas têm sempre um contabilista que controla os pagamentos e entregas sem problema (é o trabalho dele); mas os trabalhadores independentes normalmente não são especialistas em finanças e saber como se trata disto e o que podem descontar, como, etc., é um bicho de sete cabeças. Eu demorei cerca de um ano a "dominar" o assunto do IVA, ano esse que não descontei nem um céntimo porque, simplesmente, não sabia que podia!


Além do mais, qualquer trabalhador independente que seja um bocadinho desorganizado ou tenha pouco tempo a "perder" a preencher a papelada (e qualquer coisa me diz que muitos têm este problema), basta falharem o prazo por umas horas para pagarem, no mínimo, 50€ de coima!!!!


Acho que com esta medida simples poupar-se-iam muitas coimas por atrasos e dores de cabeça burocráticas aos recibos verdes.


Outro pormenor importante: também se evitava a tentação de os trabalhadores independentes usarem o dinheiro do IVA (recebido, mas que só têm de entregar ao Estado daí a um ou dois meses) para viver... e depois quando chega a hora de pagar o IVA, não há money. Em meses de desespero, é fácil cair nesta tentação, e depois é um bola de neve que não mais pára de crescer.
Enfim. À luta! Antes das dívidas têm mesmo de ter direitos.

"Artigo 24°
Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres, especialmente, a uma limitação razoável da duração do trabalho e as férias periódicas pagas."
Declaração dos Direitos Humanos

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

AS CONVERSAS: A MINHA PRIVACIDADE...



Recapitulemos: as Autoridades competentes, autorizadas por quem de direito, fizeram escutas telefónicas a um conjunto de personalidades que consideravam suspeitas. Um desses suspeitos era amigo, de longa data, do Primeiro-Ministro. O Primeiro-Ministro falava com ele ao telefone da mesma maneira que qualquer um de nós poderia comunicar com um amigo muito próximo. E, com toda a probabilidade, o Primeiro-Ministro teria dito as mesmas impropriedades irreverentes que todos nós podemos confiar, pelo telefone ou em discurso directo e pessoal, àqueles que nos merecem total confiança. Se eu sou inimigo de um fulano qualquer, não o tratarei, nestas condições, por Sua Excelência mas sim por “aquele gajo”; e, tratando-se de uma Madame, eu não irei referi-la como “aquela encantadora Sílfide”, mas direi “ a tal tipa”. Isto pertence à “sabedoria das nações”, segundo creio. Mas tudo isto ganhará relevo novo se alguém permitir que a opinião pública, escancaradamente, tenha acesso a tais “desabafos”. É que as expressões “gajo” ou “tipa” irão contribuir infalivelmente para a depreciação da imagem de um político no activo, mesmo que elas possam ser reconhecidas como normais, usuais, correntias, numa conversação particular. Claro que poderá dar-se o caso de emergir dessa telefónica loquacidade o sintoma ou a confirmação de um crime. E aí poderão e deverão accionar-se as instâncias competentes do Estado de Direito (?), para que ao Primeiro-Ministro sejam imputadas as correspondentes responsabilidades criminais. Sobre esta suposição, não irei eu pronunciar-me. Já se pronunciaram os mais altos responsáveis, dando-se o caso de o terem feito … em sentidos divergentes. O que haverá, neste particular, de ser pedido às Faculdades de Direito do nosso país é que afinem um pouco mais a dialéctica jurídica e a tornem unívoca, para não assistirmos - nós cidadãos comuns, que pouco sabemos de Direito (interessa-nos mais a Filosofia) - ao deprimente espectáculo de vermos a interpretação jurídica pelas ruas da amargura. E com o agravo de a vermos assim estropiada, pela mão das mais conspícuas mentes da especialidade!! Este marulhar de interesses medra num subsolo que convém escavar. A vozearia dos que pedem a revelação das escutas produz-se não por estarem essas comadres convictas da culpabilidade criminal do Primeiro-Ministro, mas por terem a certeza da existência dos flatus vocis que sempre se expendem num diálogo privado. Olha se o “gajo” falou na Moura Guedes! E como teria o “tipo” referido a Ferreira Leite? Vamos pedir um microfone público, pois a safra será garantida! O desejo biltre de muita gentinha é que tudo, mas mesmo tudo, seja trazido à babugem da Praça Pública. Ora, o Primeiro-Ministro tem exactamente o mesmo direito à reserva privada que eu tenho, ao telefone ou à mesa do café, quando troco palavras com um amigo, seja ele presidiário ou frade capuchinho. Assim, de duas uma: ou o Primeiro-Ministro é criminalmente imputável e aí as responsabilidades da acusação terão de ser reclamadas não a ele (era o que faltava querermos agora que um criminoso se auto-culpasse!) mas ao Jurista-Mor desta marabunta (digam-me quem é, que eu ainda não percebi), ou o Primeiro-Ministro é criminalmente inimputável e tudo isto fede ao golpe dos que, não tendo ganho o jogo no relvado eleitoral, o querem ganhar na secretaria da batota do “politicalho”. E não deixa de ser estranho que as laboriosas sinapses dos que já pedem o afastamento do Primeiro-Ministro se mantenham agora em sono profundo quanto a uma promoção perpetrada em certo palácio cor-de-rosa, relativamente a um membro do “staff” presidencial sobre o qual impendem suspeitas, talvez até mais consistentes, de tentar a manipulação de meio mundo político… Também poderíamos falar de um tal “pretinho da Guiné”, da maravilhosa democracia do bananal madeirense, etc, etc.


Concluirei com esta confissão, que não tinha de ser feita, mas me apetece fazer: não votei neste Primeiro-Ministro, nem tenho por ele especial consideração. Mas há limites de decência e de cidadania que não me permitem ficar calado.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

INTOLERÂNCIA MÁXIMA



Chama-se Manuela e devemos-lhe o sentido da curta e trágica vida que acaba de perder. A sua história é banal nisso de ser igual a milhares e milhares e milhares de outras: cumplicidade activa ou passiva das famílias, amigos e vizinhos com o agressor, continuação da convivência com o agressor, incapacidade de afastar o agressor.


Os homens que violentam as parceiras, podendo chegar ao assassinato, não decidem ter esse comportamento – eis o obrigatório começo da análise ao fenómeno. Eles também são vítimas, precisam de ajuda psicológica para lidarem com as suas profundas inseguranças e traumas afectivos. O facto da violência doméstica ocorrer em todos os estratos da sociedade, em todas as escolaridades, em todas as geografias, em todos os territórios ideológicos, implica aceitar a raiz antropológica, mais do que a cultural, como factor decisivo. A sexualidade é possessiva, o afecto (ou a falta dele) pode enlouquecer, os neurónios têm intenções que a própria intencionalidade desconhece.


Mas voltemos à Manuela. Não tinha de ser ela a ter a solução para o problema do Mário – isto admitindo que esse problema teria solução clínica ou terapêutica, o que não é certo. Nem tinha de ser ela a conseguir vencer o terror que a chantageava e mantinha como alvo indefeso. Não tinha de ser ela porque não foi a ela a criar a natureza humana. Teríamos de ter sido nós a protegê-la, porque são as comunidades que moldam a natureza, que nos civilizam. Uma comunidade é algo diferente da sociedade; nesta apenas temos de nos suportar, naquela cuidamos uns dos outros.


Nesse outros, a quem devemos o sentido da sua vida, estão o guarda morto, sua família e amigos. O aleatório infortúnio que os atingiu está aí à disposição para ser transformado num bem. Por exemplo, passando a esperar de quem agride as parceiras que, a qualquer momento, as possa matar. E mais: passando a esperar que quem mata uma mulher por ódio o fará a uma qualquer pessoa por loucura. Às forças policiais devia ser exigido que se vingassem, que fizessem pagar os injustos por aquele pecador. E essa vingança não tem de ser mais do que isto de tratar um agressor de mulheres como um potencial assassino de agentes da autoridade.


Em nome da Manuela, passemos a ter intolerância máxima para com o que ainda se aceita como natural na natureza humana.


Aspirina B

sábado, 28 de novembro de 2009

AS MINHAS DÚVIDAS






Um país em que os juizes permitem que o Primeiro-ministro seja escutado ilegalmente durante seis meses, será um estado de direito?

Um país onde todos os partidos da oposição acham normal que o Primeiro-ministro seja escutado ilegalmente durante seis meses sem saber, será uma democracia?




quarta-feira, 25 de novembro de 2009

GANÂNCIA



9,7 mil milhões de euros foi a quantia desviada do BPN. Resta saber quanto deste dinheiro será devolvido, mesmo depois das acusações e eventuais condenações. A melhor forma de assaltar um banco é mesmo de colarinho branco...

sábado, 21 de novembro de 2009

HIPOCRISIA DOS PIPIS DA DIREITA...



Que me recorde nunca a direita no poder propôs a realização de qualquer referendo sobre oaborto, o casamento gay, a regionalização ou qualquer outra posposta de que discorde, quando tem a maioria absoluta no parlamento a direita usa-a e dá o assunto por encerrado. Quando não representa a maioria dos portugueses recorre tenta o recurso ao referendo na esperança de inverter a situação, sabendo que os referendos dão a vitória ao grupo mais militantes.



Nos últimos dias os ideólogos da direita desdobraram-se em artigos de opinião tentando impor um referendo ao casamento gay, o objectivo é queimar tempo e adiar qualquer decisão e apostar tudo num referendo que muito provavelmente não será representativo. Argumentar que o objectivo é promover uma discussão alargada é falso como se viu na qualidade de muitos dos argumentos utilizados contra o aborto.



Sempre fui contra referendos e não é desta que “mordo o isco” de uma direita que incapaz de argumentar opta por jogar tudo no voto da homofobia.



A mesma direita que quer o referendo há algum tempo veio a público opor-se à legislação aplicável às uniões de facto, tendo beneficiado do conservadorismo da família Silva cujo chefe acumula as funções com as de Presidente da República. A direita sugeriu que quem quisesse ter alguns dos direitos e obrigações decorrentes do casamento que se casasse.



Agora que está em causa o casamento gay alguns sectores da direita já sugerem que se uma nova figura jurídica que se aplique aos gays reservando o casamento para os que casam a coisa com o coiso. Isto é, quando estava em causa as uniões de facto a direita limitou-se a defender que ou se casavam ou nada, agora que estão em causa os gays a direita sugere um contrato familiar dando-lhes mais direitos do que os que recusaram às uniões de facto.



Por este andar ainda vou ver a direita homofóbica perseguir as uniões de facto exibindo os gays como modelo, um não se casam, os outros acasalam-se juridicamente e só não o fazem porque pipi com pipi ou pila com pila não dá casal.



Mais hipocrisia é impossível.


Jumento

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

PRESIDENTE DA JUNTA DA FREGUESIA DE VENTOSA DO BAIRRO MORREU!



terça-feira, 17 de novembro de 2009

A NOSSSA JUSTIÇA!...



A Justiça não funciona bem. Mas sem dúvida que é melhor para todos que haja regras e leis e que elas sejam respeitadas. Afinal pior que ter um Estado de direito imperfeito é não ter nenhum.

O segredo de justiça é uma dessas regras e funcionando como funciona, funciona mal. A quebra do segredo de justiça não é uma benesse dada ao "povo" pela livre comunicação social. O que se está a passar com a Face Oculta, como com o Freeport e outros casos, é em boa parte uma acção político/partidária que envolve políticos, magistrados e órgãos de comunicação social (e jornalistas) e que parasita o urgente, indispensável e intransigente combate à corrupção para, com fugas seleccionadas, de veracidade não escrutinável, tratar de outros "negócios" como é o de tentar ganhar na "secretaria" o que não se conseguiu ganhar em eleições. Isto é derrubar Sócrates. O que se tenta é minar a política não às claras e com as suas armas mas com uma tempestade de insidiosas e difusas acusações de carácter moral.

As "fugas das escutas" e as mortíferas campanhas de carácter têm um papel muito diferente da investigação jornalística séria que frequentemente leva a que se faça justiça e se descubram crimes que de outra forma ficariam sob o manto do segredo. Este tipo de campanhas negras à Fox News, salvo as devidas proporções, não são uma contribuição para a democracia. São a sua gangrena.

Sobre isto há leituras diferentes. A quem detesta Sócrates qualquer "fuga" de qualquer "escuta" lhe serve para o considerar um criminoso. Outros haverá que mesmo com provas provadas não as aceitariam. Prudente é esbracejar só depois de algo concreto. E até agora... nada.
Raimundo Narciso

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

ANTÓNIO ALEIXO ONTEM E HOJE



António Aleixo, o mais célebre dos nossos poetas populares, morreu faz hoje 60 anos. Em homenagem ao seu talento aqui deixo quatro das suas quadras. Tão actuais hoje como no dia em que as escreveu:



Sem que discurso eu pedisse,


ele falou e eu escutei.


Gostei do que ele não disse;


do que disse não gostei.



P'ra mentira ser segura


e atingir profundidade


tem de trazer à mistura


qualquer coisa de verdade.



Mentiu com habilidade,


fez quantas mentiras quis,


agora fala verdade,


ninguém crê no que ele diz.



Julgando um dever cumprir,


sem descer no meu critério,


digo verdades a rir


aos que me mentem a sério!

domingo, 15 de novembro de 2009

CÂNDIDA ALMEIDA



Já se sabe que Cândida Almeida costuma fazer intervenções desastrosas, a actuação do Ministério Público suscita tantas dúvidas que dificilmente conseguiria ter uma intervenção coerente. Mas quando um jornalista lhe perguntou o que sucederia ao processo Freeport agora que os ingleses o arquivaram, a procuradora atrapalhou-se, ficou congestionada e lá disse que por cá o problema era outro. Pois, todos a entendemos o primeiro-ministro português é Sócrates e o inglês é Gordon Brown e até que se investigue até à quinta geração da família de José Sócrates o processo continuará a render proveitosas fugas ao segredo de justiça.


Mas justificar o nosso atraso dizendo que o "o sistema inglês é mais complicado que o que existe em Portugal" só pode merecer uma gargalhada. Os portugueses estão a ficar fartos de ver Cândida Almeida justificar esta pouca vergonha com o atraso dos ingleses. Toda a gente deste país já percebeu que enquanto Sócrates não for derrubado ou não aparecer um processo melhor o caso Freeport não será arquivado.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A CÂMARA DE MEALHADA DE SORRISO ANARQUICO COMO SEMPRE …



Não descartando a hipótese de avançar com um novo tipo de apoio, Filomena Pinheiro lembrou que pediu a relação das despesas que tiveram com as escolas “para analisar, porque o ano ainda não acabou e não decido sozinha”, disse, prometendo analisar o assunto para o próximo orçamento.
No seguimento das considerações do presidente da associação sobre a importância da associação que dirige e do evento, em particular, o presidente da Câmara afirmou estar
“farto dos argumentos que esta ou aquela associação é única ou faz eventos únicos e é melhor que as outras”. “Temos 53 associações e todas elas são únicas” e “para mim as Escolíadas não valem nada se a Escola da Mealhada não concorrer”.


In MM


É triste que um presidente de câmara reaja assim perante este evento. Ainda mais desprezível é ver a vice uma pessoa ainda jovem tratar do mesmo assunto com o mesmo sentido de oportunidade e sensatez.


Agora há coisas que me fazem espécie, muita até, é que os assuntos pedidos a esta câmara, seja ao senhor presidente, bem como à vice-presidente tem sempre uma resposta: foram tratados, estão a ser tratados.


Quando nos damos conta tudo não passa de uma mentira porque um esquece-se outro esqueceu-se. Isto não se passa com assuntos de âmbito cultural passa-se em tudo, ou quase tudo, não haja uma cunha ou uma ameaça de publicação em órgãos de comunicação social e não se passa do jogo do empurra, em que “não sei, não tive conhecimento, não foi comigo…” até que se faz cara feia e se mostra documentos com datas que não foram respondidos nem analisados e tudo muda de figura.


Falo do que sei, por isso tem de se ter muito cuidado com estes dois senhores da política caseira. Há casos mesmo que são gravíssimos que nem são culturais tratam da vida de pessoas e as respostas são sempre as mesmas – não sei, não vi, não tive conhecimento, mas quando nos revoltamos e vamos confronta-los com as provas (ofícios) tudo muda de figura e tentam sempre comprar as pessoas envolvidas, para que nada transpire para a rua, vergonhoso!...


Neste aspecto cultural e de visibilidade do concelho só se dá se a escola da Mealhada estiver envolvida… coisa mais feia como diz a minha avó! Então se não entras não há nada para ninguém …será porque o director da escola SECUNDÁRIA DA MEALHADA FAZIA PARTE DA COMISSÃO DE HONRA PARA A ELEIÇÃO DE CARLOS CABRAL?


ESPERO QUE OS CIDADÃOS DA MEALHADA E EVENTOS QUE NESTE CONCELHO EXISTAM OU VENHAM A EXISTIR SXEJAM APOIADOS DE IGUAL MODO PELA AUTARQUIA E NÃO PELA COR DE QUEM REPRESENTA ESSE EVENTO.


DEIXEM DE MIMADOS E TRATEM OS ASSUNTOS COM SERIEDADE É DE UM POVA QUE SE TRATA E NÃO DO VOSSO QUINTAL.


A SI ARMINDA ESPERO QUE COM O PENETRA TENTEM MUDAR OS HÁBITOS JÁ HÁ MUITO ADQUIRIDOS POR ESTES DOIS PROTAGONISTAS DA AUTARQUIA MEALHADENSE….





segunda-feira, 9 de novembro de 2009

CÉSAR, O PERDEDOR ACOVARDADO, O SENHOR DO MEDO DE FAZER POLITICA, MELHOR, NÃO SABE FAZE-LA…






A autarquia da Mealhada neste momento é gerida pelo PS, algo que já acontece há largos anos, nada de estranho até aqui.

Mas, neste momento a autarquia mealhadense depara-se com um grave problema de oposição, ou melhor com a falta de oposição!...


Sim, é que o PSD de Carvalheira que confrontou o PS de (Cabral) nas últimas eleições autárquicas, perdeu e perdeu por muitos, se calhar até perdeu bem! Embora tenha sido a maior derrota das últimas décadas do PSD local. Mas o importante de tudo isto é que a pesada derrota do PSD local tem um rosto, esse rosto é carvalheira e seus colaboradores, por isso não assumiram os seus lugares como vereadores, o que torna mais vergonhosa esta derrota.


Isto porque em eleições há sempre vencedores e vencidos e todos tem de assumirem as suas responsabilidades, como foi o caso de Santana Lopes em Lisboa, que apesar da sua grande coligação para derrubar o PS na câmara ele assumiu o seu lugar de vereador e assim que o povo quer, quem vota num projecto mesmo que não ganhe gosta de que quem deu a cara por ele assuma e lidere esse mesmo projecto na oposição pois assim tem a certeza de que as pessoas vão a votos não por dinheiro mas sim por convicções.


Aqui na Mealhada o senhor Carvalheira entendeu ou julgou que estava que estava acima de todos os mealhadenses, ou qualquer outro português que por este país fora concorreu e perdeu, fosse em que partido fosse, mas assumiram as suas responsabilidades e lugares para os quais se candidataram e o povo ditou com seu voto.


Na Mealhada os vereadores a ocuparem os lugares na vereação foram: os números três e seis, o três é um senhor bem conhecido por todos nós como um maldizente, que mais não fez nem faz mais que levantar insinuações nos seus rabiscos de blogue e artigos de jornais locais claro, onde faz fumaças sem fogo. Já dai bem a derrota do PSD que por falta de alternativas ao poder instalado simplesmente se dignaram a insinuar e a denegrir a imagem das pessoas que servem o concelho e o curioso é que os dois mal dizentes eram da Pampilhosa carlinhos e Miguel ferreira o ultimo agora vereador o outro antigo vereador. Assim vai este PSD, que assim nunca será uma alternativa credível ao PS, porque faz politica de pijama, de carnaval e as pessoas já sabem quem são e como brincam.


O que é uma pena porque a Mealhada precisa de uma oposição séria que saiba fazer oposição ao actual executivo camarário, porque só assim é que um executivo camarário pode corresponder às expectativas do povo, senão, adormece e por vezes comete erros de palmatória e de favorecimentos, porque as oposições servem para isso mesmo fiscalizar e quebrar a tendência para a inércia e unanimismo. Coisa que com estes dois vereadores será difícil, mesmo conhecendo mal a senhora vereadora da oposição, pois qualquer que seja o órgão de soberania tem de ter uma oposição forte, eficaz, dedicado à causa pública e, não pensar em seus anseios pessoais, algo que infelizmente o PSD neste momento vive, ou melhor os seus representantes, por isso os únicos a ficar com os cargos a que se candidataram nas listas do PSD tenha sido o número três e seis, porquê? Porque não dá dinheiro? Porque não correspondia às suas expectativas? Porque para eles, a vontade do povo não interessa?


Eu digo uma coisa e penso que não me engano, o povo que votou PSD depois do que está assistir, hoje não votaria igual, preferiria votar PCP, talvez aí tivesse quem os representa-se com o nível que este povo da Mealhada merece…


Posso ter sido repetitivo mas isto tem me incomodado muito nestes últimos tempos. Ver um concelho que é o meu tão mal representado politicamente sem podres alternativos com gente na oposição sem escrúpulos, pelo menos o senhor Miguel Ferreira, que vive da ironia, futilidade e sem ideias para mudanças, alternativas políticas, só espero que a senhora, aquela que era a nº 6 na lista do PSD seja ela a esperança de uma oposição digna de um grande partido como é o PSD.


Mais, que César fuja para bem longe, pois quem não é capaz de assumir as suas responsabilidades políticas não é capaz de nada na politica bem como na vida…



domingo, 8 de novembro de 2009

O2: A SUCTA E OS OFÍCIOS GERADOS...



A sucata sempre foi um negócio sujo.


Godinho, o empresário de Ovar que se revelou uma espécie de Soprano à portuguesa, introduziu algum humor no negócio da recolha de lixo, chamando à empresa O2.


No entanto, em vez de oxigénio, Godinho oferecia Mercedes topo de gama.


E os gestores públicos ajudavam-no a gamar nos concursos públicos.


E agora, os arguidos mantêm-se calados que nem Penedos (que são dois, pai e filho – daí, o plural).


Mas isto cheira-me a história mal contada.


Então não é que um dos arguidos se chama Chocolate Contradanças?


Alguém acredita que exista uma pessoa com um nome destes?


Faz lembrar o famoso militante do CDS, Jacinto Leite Capelo Rego, envolvido no negócio dos submarinos.


This is not good – it’s Godinho…

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

MAÇONARIA NA MEALHADA



A maçonaria é uma associação de carácter universal, cujos membros cultivam a filantropia, justiça social, aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia e igualdade, aperfeiçoamento intelectual e fraternidade, é assim uma associação iniciática, filosófica, filantrópica e educativa. Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autónomas, designadas por oficinas, ateliês ou (como são mais conhecidas e correctamente designadas) Lojas, "todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si."


Vai abrir nos próximos meses, na Mealhada, uma loja maçónica pertencente à Grande Loja Nacional Portuguesa – a obediência regular e tradicional masculina reconhecida pela Maçonaria Regular Continental. A loja mealhadense começará por incluir maçons naturais ou residentes no concelho da Mealhada ou na zona centro, que, no momento, se encontram associados a outras lojas espalhadas pelo país.
O maçon responsável pela criação de condições para abertura da loja, e o objectivo da abertura desta estrutura no concelho da Mealhada passa pelo facto de haver um número de maçons que o justifica e e esses manifestam vontade de a Mealhada o concelho escolhido na zona centro.

Haverá na Mealhada entre sete a quinze maçons estando, alguns deles, adormecidos – temporariamente sem actividade em nenhuma loja. A Maçonaria quer expandir a prossecução dos ideais e acolher mais pessoas da zona centro do país.

Ao que parece o interesse é acima de tudo, que a zona centro possa usufruir, também, da acção maçónica enquanto possibilidade de crescimento espiritual dos indivíduos.
Apesar de as actividades maçónicas serem normalmente reservadas, desta vez há um interesse na divulgação da informação da abertura da loja através da comunicação social e não só, isto porque há uma necessidade de desmitificar o que de errado se diz da Maçonaria e combater essa ignorância com o esclarecimento das pessoas.

Se podesse tambem seria Maçon...

Fonte : JM

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

As Introspecções de Marcelo



Marcelo Rebelo de Sousa respondeu ontem à noite aos apelos para se candidatar à presidência do PSD reafirmando o que dissera antes - não é candidato porque não há condições para a unidade do partido - aproveitando para criticar a luta de facções.



No seu programa semanal na RTP1, Marcelo considera que não há condições para haver uma aproximação entre a facção próxima da actual líder, Manuela Ferreira Leite, que, para o professor, apenas pretende substituir uma cara por outra (Ferreira Leite pelo antigo líder), e a facção de Pedro Passos Coelho, candidato assumido à liderança, que, para Marcelo, desde que perdeu as directas para Ferreira Leite se têm comportado sempre como oposição à líder.


Marcelo deu a entender que só se candidatará se houver condições para a unidade. E isso passará pelo recuo de ambas as facções e da candidatura de Passos Coelho.



Marcelo agora vai para o seu programa fazer sessões de introspecção, é como se deitasse no divã do psicanalista e aí fizesse uma terapia diante dos portugueses que ainda têm a paciência de o ver e ouvir. É a sua nova versão de consulta no psiquiatra à borla. A pachorra dos portugueses que pague. Marcelo não quer ser candidato a PM, ele quer sim ser candidato a Belém, mas como Cavaco pretende fazer um segundo mandato o caminho de Marcelo é vedado. Enfim, este é o Marcelo visto por ele próprio na sua primorosa radiografia, com isso revela o carácter fragmentário e miserável do actual PSD, denuncia a sua fraqueza e incapacidade para meter na ordem duas facções do partido.


Perante tanta inconsistência política como poderá o analista ser candidato a um cargo de relevo no vértice do Estado?!


A Mealhada neste momento parece que precisa do mesmo, porque para arranjar um líder credível para o PSD Local, está e vai ser algo muito difícil...

domingo, 1 de novembro de 2009

PUBLICO...






Há quem se dedique à fraude e ao peculato enquanto outros brincam às conspirações.

Por entre muitos cidadãos impolutos, há quem troque a honra por euros ou comprometa a dignidade a troco de sinecuras. Não admira que no terreno pantanoso medrem os que, a troco de migalhas, percam a honra em atitudes dúbias ou conluios indecorosos.

Perante a deliquescência da honra não admira que um assessor de Belém se preste a ser estafeta para um recado, ou autor de uma cabala, apresentando-se em nome do PR para encomendar uma notícia ao director de um jornal. O primeiro chama-se Fernando Lima e o segundo José Manuel Fernandes, até ontem director do Público, onde fez a apologia de Bush, de Barroso e da invasão do Iraque, até se precipitar numa inventona que tinha em vista interferir nos últimos actos eleitorais e desacreditar o PS.

Enquanto o Fernando (Lima) passou de assessor principal para tarefas menores, à espera de que os portugueses se esqueçam da insinuação das escutas a Belém, que sabia serem falsas, o Fernandes foi continuando a destruir a credibilidade do Público até ao dia de ontem, quando escreveu um editorial heróico a seu respeito.

Fernando e Fernandes protagonizaram uma farsa que pôs em causa o prestígio da PR e a confiança na comunicação social. Fernandes disse que Fernando não era a única fonte em Belém, mostrando que há mais quem se preste a exonerar a honra das funções que ocupa.

O desprestígio que atingiu o primeiro dos órgãos da soberania só pode ser recuperado com outro inquilino e a confiança que mereceu o Público com Vicente Jorge Silva e Jorge Wemans não é compatível com a permanência do Fernandes no jornal. Mas, por enquanto, a ida para Bruxelas fica adiada e é ao serviço da Sonae que o Fernandes se vai manter. O Fernando continua na sombra enquanto o País espera que Cavaco esclareça a trapalhada em que se deixou envolver.

Somos obrigados a respeitar o PR mas não há Constituição que nos obrigue a confiar nele. Fernando e Fernandes contribuíram para o descrédito das instituições.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

SERÁ BRUXEDO?



Segundo o DN, Teófilo Santiago, Director da Polícia Judiciária de Aveiro, atrai ou é atraído por “bruxedo”, tantos os casos notáveis que liderou.



Agora o processo chama-se “Face Oculta”. Anteriormente, os casos notáveis, igualmente mediáticos, também tiveram nomes sugestivos: “Apito Dourado “, "Aveiro Connection" ou sem nome como o processo de investigação a suspeitas de corrupção na PSP Porto ou o processo que metia títulos e o levou a prender Pedro Caldeira.



Se é verdade que em todos estes processos estiveram envolvidos muitos notáveis, com peso mediático e outro, não se percebe da notícia do DN o porquê da atracção pelo bruxedo que imputa ao director da PJ, a não ser que o bruxedo tenha a ver com alguma reza que levou a que todos esses casos tenham redundado em nada de judicialmente significante. Aguardemos pela parte visível da “Face Oculta”.


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A POUCA VERGONHA DO PATRONATO...


Depois dos lay-offs em Braga e do anunciado despedimento de 500 trabalhadores na fábrica da Guarda, a Delphi tornou oficial a sua decisão de encerrar a unidade de Ponte de Sor, empurrando cerca de 430 pessoas para o desemprego. A fabricante de componentes norte-americana tinha já anunciado o fecho da fábrica no ano passado, mas reafirmou agora a sua decisão, tomada em função do fracasso das negociações com os trabalhadores, que não aceitaram as reduções salariais que lhes foram propostas por administradores que auferem mais de cem mil euros ao ano. O preço do factor trabalho em Portugal é, realmente, um problema. E as confederações patronais, que ultimamente se têm insurgido contra o exagero de um aumento de 25 euros no salário mínimo, objecto de um acordo que também assinaram, alertam para a necessidade extrema da manutenção das ajudas estatais pelo menos até 2011. Sem pudor, "contrapartida" continua uma palavra proibida nesta lógica de lucros trituradores de salários e de direitos.

domingo, 25 de outubro de 2009

QUE SEMANA...



Esta foi uma semana de entretenimento, Marcelo Rebelo de Sousa inventou o direito à indignação para entreter o PSD até saber se Cavaco se recandidata, Louçâ entreteve-se a estudar a forma de se antecipar às medidas previstas no programa do PS para se armar em bonito junto dos eleitores, Manuela Ferreira Leite andou a entreter o PSD para preparar a a candidatura de Rangel, Passos Coelho entreteve-se a conspirar contra Manuela Ferreira Leite e Cavaco Silva também deve ter andado entretido mas até ao momento o Fernando Lima ainda não contou ao jornal Público os motivos do entretenimento presidencial.

A grande excepção a esta sessão colectiva de entretenimento veio de João de Deus Pinheiro que foi ao parlamento para dizer que tinha andado entretido a gozar com os portugueses, mas chegada a hora de criar calos no dito cujo parou com a brincadeira porque o seu traseiro é demasiado fino para as cadeiras do hemiciclo, o seu médico recomendou-lhe mesmo que o passeie mais por bares e campos de golfe.

Constâncio e Van Zeller ocuparam a semana com o seu entretenimento favorito, tentarem demonstrar aos portugueses que quantos mais pobres e mal pagos melhor, assim o país pode crescer e ao menos ganham mal mas podem ver as montras, telenovelas e os carros dos mais ricos.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

AS FRUSTAÇÕES COELHISTAS!...


Contrariamente ao que era desejado por certos lados, não me parece que o Conselho Nacional do PSD vá ser esquecido tão cedo. Manuela Ferreira Leite não sai antes da discussão do Orçamento de Estado. É maçador para a geração PPC. Só que por este andar a Sra. ainda é a Presidente do PSD responsável pelo renovar do apoio a uma recandidatura a Belém do Prof. Cavaco. Assumindo que o Oliveira Costa não escreva as suas memórias muito depressa.Eu percebo que as coisas perturbam um militante. Especialmente um que já está irritado por o PS ter nomeado uma Ministra da Cultura que de facto nunca ouviu os concertos para violinos de Chopin.Bem, a verdade é que a ala muy liberal deverá esquecer a tomada de assalto do poder. Porque Manuela dá tempo a Marcelo, Morais Sarmento, Rio, ou a quem quiserem daquela tribo que avance. E teremos Coelho a esperar mais uns tempos. E o engraçado é que o tal militante (mais frustrado ainda fará um blogue) a apoiar o candidato que Manuela escolher: se calhar até algum comentador de direita a quem tenha chamado idiota útil. Olha se o Marcelo for candidato?A vantagem das páginas gravadas e da cache é grande. Para esses ditosos tempos.
O valor das ideias

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O PERFIL DO NOVO GOVERNO


Chama-se a atenção antes de mais para que José Sócrates cumpriu as expectativas. O novo governo tem um reforço da componente feminina, um reforço de competência técnica, maior capacidade de diálogo político adequado aos novos tempos, manifesta apostas fortes na economia /emprego/cultura/ambiente/ energia e foi buscar quadros muito qualificados para obras públicas e para a agricultura. Vejamos os perfis.

A representatividade das mulheres no novo governo é muito clara: 5 ministras no total. Isabel Alçada é uma promessa cumprida. Apareceu na campanha eleitoral do PS e não faltou quem achasse ser apenas golpe de marketing político. Afinal, enganaram-se. O PS foi honesto na campanha e o rosto que mostrou é o que assume a posição de ministra da educação: para cumprir o programa do PS, mas com maior capacidade política e dialogante num sector que sofreu profundas e necessárias reformas, mas onde se resolve a crispação social que se gerou.
Gabriela Canavilhas indiscutivelmente sólido ligado ao sector cultural., em concreto à música Reflecte a promessa cumprida de dar maior visibilidade à cultura neste mandato. E uma aposta a materializar-se numa mudança de políticas.

Dulce Álvaro Pássaro suge também com uma experiência ligada ao ambiente e recursos naturais. Tem o perfil certo para o Ministério que lhe é atribuído: o do Ambiente e Ordenamento do Território.

Ana Jorge era uma continuidade esperada na Saúde. E ademais reunindo um amplo consenso na sociedade portuguesa. Helena André tem toda a vida está ligada à actividade sindical e à investigação nas questões do trabalho e segurança social. Estudou particularmente o problema do emprego juvenil. Participou nos fóruns Novas Fronteiras e colaborou no espaço de definição de políticas Res Publica.

Entre o elenco masculino do governo, duas boas novas são a continuidade de Teixeira dos Santos nas Finanças, algo que o próprio Nuno Morais Sarmento considerava uma necessidade, na última Terça, na TVI 24, a continuidade de Luís Amado nos Negócios Estrangeiros, ele que levou a cabo uma eficaz diplomacia económica, e a passagem para a Economia de um dos Ministros que reuniu maior consenso no anterior governo: Vieira da Silva. O seu surgimento na pasta, em lugar do nome especulado de Basílio Horta, aponta para uma efectiva sensibilidade social à crise na condução das questões económicas.

António Augusto de Ascenção Mendonça, professor catedrático do ISEG, com vasta obra no domínio da política comunitária e com vasta experiência de estudos realizados para o Ministério da Economia, no âmbito da competitividade da economia Portuguesa, surge como um nome forte nas Obras, Públicas e Comunicações, por onde passará muito do desenvolvimento do país nos próximos anos, com a aposta em investimentos públicos modernizadores.

António Soares Serrano, Professor Catedrático da Universidade de Évora, produziu trabalho académico na área dos sistemas de informação, tecnologia e modernização. Uma aposta para a a necessária e sempre adiada modernização da agricultura Portuguesa.Nota positiva ainda para a manutenção de um perfil político no novo governo, com boa capacidade de combate. Jorge Lacão tem uma larga experiência parlamentar e será uma mais uma valia importante. Igualmente importante a manutenção de Pedro Silva Pereira. A mudança de pasta de Augusto Santos Silva permite uma importante reserva política para o debate, e adequa-o a um ministério para a qual a sua formação em História confere particular entendimento geopolítico.
O valor das ideias

GOVERNAR OU DESGOVERNAR?


Por aquilo que se vai sabendo os partidos da oposição vão querer transformar o parlamento numa imensa RGA a partir de onde poderão governar o país como se fosse uma universidade dos anos 70. O governo vai governar segundo um programa enquanto a oposição vai usar o parlamento para governar para as sondagens.

Compreende-se que essa seja a estratégia da esquerda conservadora, já não se entende muito bem que o PSD e o CDS, até mesmo o PCP, tenham do parlamento a mesma visão do Bloco de Esquerda. Um país não se governa com medidas pontuais para satisfazer as corporações mais bem organizadas, num contexto de crise o pior que poderia suceder ao país seria ter um parlamento para desgovernar.

Um bom exemplo desta postura auto-destrutiva dos partidos da oposição é a questão da avaliação dos professores, medidas adoptadas por um governo legítimo e que Cavaco promulgou sem hesitações ou dúvidas. Aquilo que os deputados da oposição se preparam para fazer é voltar a transformar os professores na única classe profissional que progride automaticamente e não se sujeita a qualquer avaliação. Os deputados ainda vão mais longe na bandalhice do que pretendia o Mário Nogueira com a sua proposta de avaliação.

Ceder desta forma a um grupo corporativo que não hesita em pôr em causa o sistema de ensino para defesa dos seus interesses é aceitar que a democracia se verga aos interesses de um grupo, que a maioria de um grupo profissional da Função Pública tem mais legitimidade do que a maioria dos portugueses. É legítimo questionar o modelo de avaliação e defender o seu aperfeiçoamento, ceder à bandalhice a troco de votos é uma vergonha para a democracia.

E o que vão dizer aos polícias ou a todos os outros grupos que de alguma forma foram lesados por reformas do anterior governo? É evidente que não vão dizer nada, são poucos e os seus votos de pouco servem, isto é, só os professores é que têm direitos, todos os outros profissionais do Estado são gente de segunda. Se o ensino em Portugal fosse brilhante até se poderia entender, sucede que é dos sectores com piores resultados entre todos os do Estado.

A partir de agora é impossível adoptar quaisquer reformas a não ser que elas deixem intactos os interesses dos grupos corporativos, mesmo que esses interesses estejam em conflito com os do país.

É evidente que os partidos poderão invocar as suas promessas eleitorais (será que no debate do próximo OE o BE vai ser fiel ao seu programa eleitoral e propõe o fim dos benefícios fiscais na saúde e na educação?) e que o parlamento tem legitimidade para revogar, suspender ou alterar as reformas adoptadas pelo anterior governo. Mas isso também se pode dizer na próxima legislatura e na seguinte, isto é, a partir de agora em cada legislatura desmonta-se o que se desmontou na anterior.

Não sei se os professores votaram cinco vezes, uma em cada partido que prometeu rasgar as reformas, o que sei é que não foram os partidos que fizeram promessas aos professores que ganharam as eleições duvido muito que sem a crise financeira tivessem impedido a maioria absoluta. Mas fazem bem em serem coerentes, ainda que se esqueçam de perguntar aos pais se concordam ou não com as reformas que foram feitas.

Um dia destes irão realizar-se eleições legislativas e nessa ocasião tiraremos conclusões.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

PORTUGAL: PARECE QUE QUEREM QUE ANDE DE RECUAS, EM VEZ DE ANDAR PARA A FRENTE!



Ao que aqui se adianta, a avaliação dos professores, o estatuto da carreira docente, as taxas moderadoras nas cirurgias e internamentos, a reforma das leis penais, o estatuto do Ministério Público, a concessão do terminal de Alcântara e as matrículas electrónicas nos automóveis são matérias que toda a oposição quer rever, suspender ou revogar. Fora o que adiante se verá...
Se assim for, tal significa que a oposição é incapaz de conceber alternativas e que a sua imaginação se esgota em destruir o que foi feito. Em vez de propor novas reformas e de construir novas soluções, a oposição entretém-se a tratar de contas do passado.
Terá sido para isto que no dia 27 de Setembro, os eleitores deram ao PS um mandato para governar ?
Não me parece.
Francisco Clamote

terça-feira, 20 de outubro de 2009

CAVACO NÃO QUER SER "ESMIUÇADO" PELO GATO FEDORENTO!


De todos os líderes dos principais partidos, principais candidatos autárquicos e diversas figuras da vida política nacional, Cavaco Silva será o único a ter recusado estar presente no programa da SIC "Gato Fedorento: Esmiúça os Sufrágios". Teve medo de ver esmiuçado o BPN? A inventona das escutas? O que ainda faz Fernando Lima no Palácio de Belém?

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A CIMEIRA: MARCELO FAZ CAMPANHA PARA A SUA LIDERANÇA NO PSD...


Marcelo Rebelo de Sousa ontem na RTP, nas”Escolhas de Marcelo”, lá vai fazendo campanha para liderar o PSD…
Por isso enquanto "pondera", aproveita a generosidade da RTP. E continua a dizer o que lhe vem à cabeça. Sem contraditório, ou vergonha
Por isso fez uma proposta para dentro do PSD (Cimeira de todos os antigos lideres, actuais, Barões e pessoas de vários sectores de opinião do PSD) mas…
Vai uma aposta que ninguém vai ligar nenhuma à proposta que Marcelo Rebelo de Sousa fez, para que se realize esta espécie de cimeira de sábios e de poderosos do PSD.
É que em alguns sectores do PSD a proposta até pode ser recebida com alguma hostilidade, pelas razões mais diversas, algumas delas óbvias. Marcelo Rebelo de Sousa sabe muito bem que, para ter pernas para andar, a sua proposta teria necessitado de um trabalho prévio de bastidores. Trabalho o qual ignorou por completo. No fundo, aquilo que lhe interessava era expressar publicamente essa proposta. Mostrar liderança e esforço de apaziguamento, marcar a agenda e colocar-se numa posição central, independentemente dos resultados práticos. Se a proposta fosse séria teria sido anunciada quando já houvesse um entendimento mínimo quanto à sua concretização, o que manifestamente não foi o caso. A mesma velha história. Ninguém como Marcelo Rebelo de Sousa se diverte com a política. O seu código genético não perdoa, é uma velha raposa, que até já se atirou ao Tejo, só para português ver…
Decididamente, Marcelo tem de ser eleito, novamente, para a liderança do PSD. Só ele está em condições de prosseguir a Política de Verdade da Dra. Manuela, agora na versão de Verdade Verdadinha...
Talvez aí faça, não uma universidade de verão, mas sim uma cimeira com todos, até com Cavaco e independentes, para conseguirem decifrar o código genético do PSD. Porque uma coisa ele tem razão – o PSD vive a pior crise dos últimos trinta anos!
Na Mealhada o problema ainda é mais grave. O PSD precisa de limpar, excluir muita “gentinha” se quiser ser um partido com responsabilidade autárquica, uma alternativa.
O texto que escrevo é ainda mais exigível para o PSD Mealhada…

sábado, 17 de outubro de 2009

RANKING DAS ESCOLAS...



A divulgação do ranking das escolas do ensino secundário foi divulgado esta semana mas mal foi notícia, os jornais limitaram-se a tratá-lo como se fosse o final de um campeonato da terceira divisão, viram quem ganhou, quem desceu e identificaram as primeiras escolas públicas. É uma pena, o ranking das escolas poderia servir para uma reflexão séria sobre a situação do ensino em Portugal.

Não entendo a razão porque se presta tanta atenção ao topo da classificação, onde o ensino público está quase ausente e ninguém se incomoda em analisar as escolas pior classificadas. Serão em locais de grane pobreza? Terão quadros de professores pouco estáveis? Enfim, poder-se-iam colocar muitas interrogações.

Por exemplo, seria interessante comparar os modelos de gestão das escolas bem classificadas com as do final da lista. Um estudo sério sobre as aptidões e projectos promovidos pelas diversas escolas poderia ajudar a compreender as diferenças. Afinal, quando se avaliam as escolas não se está a avaliar apenas os alunos cujos resultados nos exames servem para a classificação das escolas, está-se também a avaliar os gestores e os professores das escolas.

Seria muito interessante comparar a qualificação dos professores das escolas privadas que lideram o ranking com os das escolas públicas. Ajudaria a perceber melhor a realidade do nosso ensino se fossem comparados os vencimentos auferidos pelos professores das escolas privadas com os das escolas públicas.

Porque não comparar as taxas de absentismo entre escolas públicas e escolas privadas e entre as escolas no topo do ranking com as do fim da lista?

E como há muita gente a tentar justificar as misérias das escolas com a miséria social seria interessante proceder a um estudo sociológico das escolas públicas e das escolas privadas. Não tenho grandes dúvidas de que, em regra, as diferenças poderão ser grandes, mas serão assim tão grandes entre as escolas privadas de Lisboa e liceus da capital como o Liceu Camões e o Liceu Pedro Nunes.

O ranking das escolas suscita muitas dúvidas, mas parece que ninguém está interessado em esclarecê-las, começando pelos sindicatos dos professores que normalmente não perdem uma oportunidade para ocupar a comunicação social mas que desta vez optaram pelo silêncio. Compreende-se, há coisas em que não convém mexer porque cheiram mal.