"Vai ganhar a verdade e a justiça para uma menina que não tem voz, morta ao anoitecer do dia 3 de Maio no apartamento 5A, no Ocean Club, na Praia da Luz." A frase é de Gonçalo Amaral, ex-coordenador da investigação ao desaparecimento de Madeleine McCann.Palavra a palavra, o desabafo integra um texto enviado pelo inspector da Polícia Judiciária (PJ) – em processo de pré-reforma – para um site inglês, que recolhe informações sobre o mistério criado à volta da criança inglesa, desaparecida faz hoje um ano. A mensagem foi publicada no dia 22 de Abril e é acompanhada com o anúncio de que 'em breve, muito em breve, o Mundo irá conhecer a ‘verdade da mentira’'. Curiosamente, é o título do livro que, tal como o CM já noticiou, Gonçalo Amaral pretende lançar, com dados explosivos sobre a sua experiência enquanto investigador da PJ durante o período em que esteve à frente do caso Maddie. O CM sabe que esta é a convicção plena deste elemento da PJ, que se baseia em 'fortes indícios' e o levam a seguir a tese de homicídio negligente, na sequência de um acidente dentro do apartamento onde o casal McCann passava férias. No mesmo site britânico (www.mc-cannfiles.com), sem nunca acusar ninguém, Gonçalo Amaral refere que não pode 'fazer qualquer comentário sobre a investigação ao caso McCann', para 'não comprometer o segredo de justiça'. Sublinha apenas que, a pensar na sua própria liberdade de expressão, pediu a reforma da Judiciária no mês de Maio. Ao mesmo tempo, agradece 'o apoio de milhares de pessoas' que o têm contactado e lhe têm enviado cartas e e-mails, um pouco por todo o Mundo. Gonçalo Amaral esclarece também que 'todos os insultos, acusações falsas e mentiras lançadas desde o ano passado (quando ainda investigava o caso Maddie) vão ser levados a tribunal', através dos seus advogados, tal como já foi noticiado pelo CM. No mesmo site britânico – cujo autor diz 'procurar a verdade sobre Madeleine McCann e destacar preocupações e incoerências' – está ainda publicado o resultado de uma votação sobre o que aconteceu a Madeleine, em que a grande maioria dos votantes declarou que a criança inglesa 'morreu após um acidente e os pais estão envolvidos'.
in Correio da manhã
Sem comentários:
Enviar um comentário