sexta-feira, 16 de julho de 2010

AS RENDINHAS NAS ESCOLAS DA MEALHADA


Arminda Martins, Vereadora eleita pelo PS, segundo a Mealhada Moderna, terá denunciado, na última reunião de Câmara, que há funcionários nas escolas do concelho “a fazer renda” nas horas de expediente, classificando a situação como “vergonhosa”.
“É uma vergonha o que se passa nas escolas do concelho”, disse a vereadora, sem particularizar a situação, afirmando ter visto aquela prática “em pleno horário de trabalho”, para concluir que “somos todos nós que pagamos os salários àquelas senhoras e isso revolta.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

TRAGAM O PAUL


Agora que o polvo Paul entrou em regime de pré-reforma deixando de fazer falta a uma Alemanha onde a regra é a previsibilidade dava jeito trazerem o famoso molusco para Portugal. Não porque cá faltem polvos dos mais variados tipos, desde os que são apanhados em Tavira aos que costumam rondar a redacção do Sol com cópias de processos judiciais manhosos, mas porque apesar da fama de serem animais inteligentes os nossos até agora só demonstraram aptidões culinárias.
Vejam o caso do Banco de Portugal, os governadores e vice-governadores ganham pensões vitalícias, os funcionários têm um estatuto acima da média e ainda ganham subsídios para os livros de econometria, mas o resultado é sempre o mesmo, as previsões de Verão corrigem as da Primavera, a do Inverno Corrigem as do Verão e as da Primavera corrigem as do Inverno, não me recordo de terem acertado uma.
Com o Orçamento de Estado passa-se a mesma coisa, ainda no ano passado o ministro não acertou numa previsão, de Setembro a Dezembro fez três previsões para o défice e falhou sistematicamente. O ministro das Finanças garantiu que o Dr. Macedo ficaria na DGCI e falhou, previu o défice orçamental e falhou, previu o buraco financeiro do BPN e falhou, até parece o famoso periquito de Singapura que nos últimos dias do Mundial apareceu a fazer previsões para a final.
O Paul até poderia dar um excelente comentador televisivo onde muitos andam a prever a morte política de José Sócrates há vários anos e desde então já vi desaparecer muito boa gente, a começar pela família Moniz. Do jornalismo poderia passar para a magistratura o que num país onde os magistrados gostam de ser jornalistas e os jornalistas gostam de se juízes não seria de estranhar, poderia ajudar o país a adivinhar quem recebeu dinheiro no caso Freeport, ajudando os contribuintes a deixarem de andar a alimentar magistrados a pão-de-ló.
Se ainda sobrassem umas horas vagas ao Paul poderia ser enviado para Belém e metido num aquário que poderia decorar o gabinete presidencial, entre as fotografias do netinho e a tradicional fotografia do papa. Assim, sempre que o Presidente telefonasse a alguém poderia perguntar ao Paul se o telefone estava sob escuta, até poderia poupar em anti-vírus, o Paul informaria o Presidente se a rede informática estava ou não segura sempre que pretendesse mandar um e-mail.
Num país onde ninguém acredita nas previsões do Banco de Portugal, onde não podemos levar a sério os assessores presidenciais, onde as previsões do défice orçamental suscitam tantas queixas como as que há tempos faziam os responsáveis açorianos em relação às previsões meteorológicas, onde já ninguém vai à santa da Ladeira, quem poderá pôr alguma ordem nas nossas previsões é o polvo Paul.
Tragam-no e se falhar nas previsões fazemos-lhe o que não podemos fazer ao governador do Banco de Portugal ou ao ministro das Finanças porque aumentariam o colesterol ao mesmo ritmo que aumentam os impostos, cozemos o bicho e fazemos uma salada de polvo.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

TURISMO POLITIQUEIRO…


Estava e ficou de férias nos Açores quando morreu o único Prémio Nobel da Literatura Portuguesa, andou a passear-se por Cabo Verde e parte brevemente para mais uma visita a Angola. A este a crise não lhe tira, nem a vontade nem a possibilidade de fazer "Turismo Politico". A alguns a crise passa ao lado, mas se eu tivesse disponível um orçamento anual de 20,7 milhões de euros também provavelmente não me queixaria dela. Honestamente não sei se é muito ou pouco dinheiro para um Orçamento de uma Presidência da República, mas até parece que sim quando vemos que em Espanha o orçamento anual para a Casa Real Espanhola não chega aos 9 milhões e que já é muitíssimo. O que chateia mais é que depois não se calem a pedir-nos sacrifícios e paciência. Os sacrifícios, cada vez estão mais difíceis de aguentar e a paciência também já não há muita.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Durão Barroso classifica como “duríssima” sentença sobre golden share na PT


(Francois Lenoir/ Reuters) O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, considerou hoje que a sentença do Tribunal de Justiça da UE sobre golden share do Estado português na PT foi “duríssima”, à margem da abertura do Global Business Forum da Cotec Portugal, que decorre no Estoril.
“Se houvesse dúvidas quanto à posição da Comissão Europeia, elas foram tiradas pela sentença duríssima” do Tribunal de Justiça da EU, disse Barroso.
O presidente da Comissão Europeia recusou, no entanto, comentar a posição do Governo de voltar a usar a golden share na PT caso a Telefónica volte a fazer uma proposta para controlar a Vivo. Lembrou que a Comissão Europeia tem uma posição muito concreta sobre o uso das acções especiais, e citou o caso de 1994, quando Jacques Delors votou contra uma posição francesa numa companhia de petróleo.
“A existência de uma golden share não é sustentável, a não ser em casos-limite e por razões de segurança nacional”, acrescentou. Ao existirem este tipo de títulos, não há o respeito pelo princípio de liberdade de circulação e da não discriminação.
Obs.: Por momentos pensei que a sentença do Tribunal Europeu se aplicava mais aos ex-PM que abandonam o poder nacional em nome de interesses europeus obscuros do que ao Estado que ainda mantém o anacronismo dos direitos especiais em alguma empresas.
Seja como for, Barroso foi igual a si próprio, vê o mundo consoante o lugar que ocupa no aparelho de poder europeu, não surpreende.
Por outro lado, vai assegurando um emérito papel de porta-vox do BES - e loho no Estoril - para as questões empresariais, o que lhe valerá um lugar no board do banco controlado por Ricardo salgado, e isso, é, naturalmente, melhor para Barroso do que para Portugal como, de resto, se tem pautado o seu mau mandato na Comissão.
Como Belém está ocupado quando Barroso cessar o seu mandato, que tem empobrecido a Europa a olhos vistos, a presidência da Santa Casa da Misericórdia não o seduz, resta, pois, o regresso à avença do Bes - que também alimentava o ex-MNE do velho "Botas".
Fora isso, existiria sempre uma fundação - a oriente ou a ocidente - que aceitasse este sub-produto bruxelense que traíu a Europa de Delors, Monnet, Schuman, Adenauer e outros grandes que dela fizeram um pólo de poder com prestígio, influência e estatuto, que ela hoje manifestamente não dispõe.
E isso também se deve ao mau mandato de Barroso.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

ENTÃO E A PREVARICAÇÃO DOS MASGISTRADOS NÃO SE INVESTIGA?


Então e agora, senhores inquisidores?! Arquivado.
O processo intentado por Manuela Moura Guedes contra o Primeiro-Ministro por este ter reagido com contundência à campanha ad odium que lhe era feita pelo antigo Jornal de Sexta da TVI. Arquivado? E não acontece mais nada?

Não acontece nada aos juízes e magistrados do DIAP que a 23 de Junho sabendo que cometiam uma ilegalidade ─ há indícios nesse sentido, o juiz conhece a Lei! ─ Requereram à Assembleia da República o levantamento da imunidade do PM para ser constituído arguido (é a única circunstância em que é obrigatória a audição de um investigado)?

Que fosse constituído arguido antes de qualquer diligência, como depois repetidamente assinalou a Procuradoria-Geral da República. Não se terá procurado simplesmente criar escândalo, como assinalei neste blogue e foi conseguido, como resulta das inúmeras manchetes e declarações caceteiras da "queixosa" que o pedido à Assembleia provocou? E não é esse um uso deliberado do processo-crime para fins alheios ao processo, isto é, um crime de prevaricação?

Vai ser investigado o crime de prevaricação praticado pelos magistrados? Ou vai ser alegado que os coitados não sabiam? Pois nesse caso são incompetentes, revelaram risíveis desconhecimentos da Lei, como demonstrou Tomás Vasques. Em qualquer caso devem ser demitidos.