sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A LONGA CAMINHADA!



Foi longa a caminhada pelo deserto


Duma vida superficial e vazia


Quando, afinal, tinha um oásis,


Por aqui, tão perto.


Passei por tempestades de areia


Arremessando os seus grãos contra mim,


Quantas vezes, chorando,


Coberto de poeira, pensei


Que nunca chegaria ao fim.


Fui sempre caminhando


Deixando o sol escaldante


Queimar a minha pele,


Amadurecendo o meu sentir,


Secando lágrimas,


Que já não chegaram a cair.


O oásis apareceu, de repente,


Não foi miragem,


Era mesmo real,


O seu formato, era a tua imagem.


Cansado e contente corri para lá,


Mergulhei na frescura do amor,


Para trás, deixei a dor,


Passado enterrado na areia,


Cruel,


Agora, só quero mesmo,


O sabor a mel desse beijo


No nosso oásis do desejo.


Esqueci o deserto,


Esqueci o vazio,


Tenho-te sempre,


Aqui, junto a mim,


Tão perto...

2 comentários:

Egídio Peixoto disse...

Já a tinha publicado em Março de 2008 mas em 2010 é mais real.
Tudo o que disse hoje sinto que realmente tudo é verdade. O deserto desapareceu e o que vejo? É só uma primavera aconchegante e florida...

Anónimo disse...

"Mergulhei na frescura do amor..."
ãã?
Será um efeito do
"...delfim do cavaquismo serôdio..."?
Ou será o resultado do desnorte da direita?
O dessul da esquerda foi sempre preferível, de resto.
Esquerda volver, portanto e... em frente, marche!!!