Foi longa a caminhada pelo deserto
Duma vida superficial e vazia
Quando, afinal, tinha um oásis,
Por aqui, tão perto.
Passei por tempestades de areia
Arremessando os seus grãos contra mim,
Quantas vezes, chorando,
Coberto de poeira, pensei
Que nunca chegaria ao fim.
Fui sempre caminhando
Deixando o sol escaldante
Queimar a minha pele,
Amadurecendo o meu sentir,
Secando lágrimas,
Que já não chegaram a cair.
O oásis apareceu, de repente,
Não foi miragem,
Era mesmo real,
O seu formato, era a tua imagem.
Cansado e contente corri para lá,
Mergulhei na frescura do amor,
Para trás, deixei a dor,
Passado enterrado na areia,
Cruel,
Agora, só quero mesmo,
O sabor a mel desse beijo
No nosso oásis do desejo.
Esqueci o deserto,
Esqueci o vazio,
Tenho-te sempre,
Aqui, junto a mim,
Tão perto...
2 comentários:
Já a tinha publicado em Março de 2008 mas em 2010 é mais real.
Tudo o que disse hoje sinto que realmente tudo é verdade. O deserto desapareceu e o que vejo? É só uma primavera aconchegante e florida...
"Mergulhei na frescura do amor..."
ãã?
Será um efeito do
"...delfim do cavaquismo serôdio..."?
Ou será o resultado do desnorte da direita?
O dessul da esquerda foi sempre preferível, de resto.
Esquerda volver, portanto e... em frente, marche!!!
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