terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

SINAIS DE...


Entrevistas destas não clarificam coisa nenhuma. Cada qual fica na sua. Entrevistado e entrevistado movem-se em linhas paralelas e o discurso nunca converge.

Miguel Sousa Tavares manso, dominado, não convencido, despojado, exangue de argumentos, não foi frustrante; confirmou apenas os sinais de fogo que brota da fera ingente.
”Sinais de Fogo” mostrou que Sócrates sendo um homem particularmente inteligente é também profundamente convincente no retorcer dos seus argumentos.
Um verdadeiro narciso de espelho meu, capaz dos ódios mais intensos e das lealdades mais cegas:
«- diz-me, espelho meu, há algum homem mais assertivo e elegante que eu?»
Sócrates lança um véu sobre as questões, afirma e reafirma o que lhe convém.
Se lhe perguntam sobre a PT ( é só um exemplo) insiste em que não teve conhecimento formal, nem o Governo deu instruções à empresa. ´
Acontece que para lá do conhecimento formal e das instruções, há múltiplas formas de dar a conhecer o que se pretende e obter informações sobre o curso das diligências.
E, se das escutas se pode depreender que é este o modo de fazer as coisas, formalmente as escutas deixaram de existir e Sócrates não as comenta.
Quem é esperto, quem é?

Mar de Matosinhos

3 comentários:

Anónimo disse...

Houve quem não gostasse. Mas eu gostei, e penso que é assim que se fazem entrevistas, não é preciso "sangue", como o próprio Miguel Sousa Tavares diz.
As entrevistas tem na minha opinião o sentido de esclarecer os espectadores e não confundir, como fazia MMG na TVI ou faz o Crespo na SICN.
Um bom jornalista tem sempre de colocar de lado os seus ódios, ou amores para com o entrevistado.

Anónimo disse...

O Crespo confunde?
Ora essa!
Confundirá apenas as "certezas" insidiosamente marteladas pela propaganda Socrática, na cabeça dos cidadãos.

Anónimo disse...

Claro que o Crespo terá os seus amores e ódios, como toda a gente.
Mas não digas que está lá apenas e deliberadamente a confundir. Se assim pensas, és mais fanático que o próprio Crespo. Se é que é fanático, o Crespo.