1. “Não pode ser a comunicação social a seleccionar aquilo que transmite”. Este desabafo lá vai fazendo o seu caminho. Hoje, Pacheco Pereira, na Quadratura do Círculo, apresenta-o sob um novo prisma: a enormidade que a Dr.ª Manuela disse foi uma manobra vergonhosa da agência Lusa. Foi para evitar estas vergonhas que Pacheco, quando era presidente do grupo parlamentar do PSD, cortou o mal pela raiz: correu com os jornalistas dos Passos Perdidos.
2. Pacheco Pereira apoia incondicionalmente Manuela Ferreira Leite, a qual quer a suspensão da avaliação dos professores. Mas, a verificar-se a tal suspensão (alerta Pacheco na Sábado), será a “derrota (…) total” — seguindo-se “um longo período de impossibilidade de reformas, com as escolas e os professores voltando rapidamente ao statu quo ante.” Perceberam?
3. Pacheco Pereira quer que “em última instância o principal avaliador de escolas e professores (seja) a performance escolar dos alunos.” Tem Pacheco a certeza de que, a ser dado um peso excessivo à performance, isso não conduziria os professores a treinarem os alunos apenas para ultrapassar obstáculos (os exames) em lugar de os incentivar a aprender e a raciocinar?
4. Pacheco Pereira compara, na Sábado, a ministra da Educação a Leonor Beleza: as dificuldades para instituir o processo de avaliação são postas no mesmo plano que o que designa por “falta de cuidado com que (a ex-ministra da Saúde) permitiu as trapalhadas envolvendo o seu ministério”. É feio brincar com coisas sérias: Leonor Beleza esteve envolvida no processo dos hemofílicos (conduzido para a prescrição), em que morreram pessoas, para além de ter deixado gravitar à sua volta casos de corrupção (conduzidos para a prescrição).
Sem comentários:
Enviar um comentário