quarta-feira, 19 de novembro de 2008

MANUELA FERREIRA LEITE, A DEMOCRACIA, A PSICANÁLISE, O HORROR DE UMA MULHER!...


A Sr. Manuela Ferreira Leite vai fazendo política – envergonhando-se a si, embaraçando Belém (Cavaco em particular) e frustrando todas as residuais expectativas que as bases do PSD ainda tinham na dita senhora.
Traduzindo: quer e não quer o investimento público, quer e não quer aumento do salário mínimo, quer e não quer imigração, e, agora, como se vê – de forma lamentavelmente original - quer e não quer a democracia - que julga-se melhor servida se a dita DEMOCRACIA for congelada por 6 meses - que é o tempo que Manuela Ferreira leite acha adequado para meter "tudo na ordem". Só faltou dizer: regressa Salazar, estás perdoado...
Isto revela os sentimentos duais de Ferreira leite, denuncia a sua duplicidade política em relação aos projectos para Portugal, é como se a sua personalidade sofresse uma divisão constante que a empurrasse simultaneamente para a planície e para o abismo. Em rigor, estamos diante uma mulher prisioneira de si.
Depois, se notar atentamente na sua face quando repetiu a expressão supra (inclusa na imagem), verificamos que uma boa parte do "EU" de Ferreira leite acredita piamente que o País só teria a ganhar se, por momentos, fosse possível governar Portugal com uma ditadura, seguindo o método que enunciou: quero, posso e mando.
Ora, todo este quadro clínico do dislate configura, naturalmente, um estudo de psicanálise. De resto, creio, será esse o seu contributo para a vida pública nacional: constituir-se em objecto de estudo para que psicanalistas do poder possam observar, estudar, investigar condutas atípicas do mundo da política, e aqui – também cairá essa outra personalidade perturbante – a que os experts designam por personalidade borderline – como é Alberto João Jardim da Madeira.
Porquê? A acção (leia-se, a estrutura da linguagem que Jacques Lacan diz estar intimamente ligada ao subconsciente, e nem poderia ser doutro modo!!!) – completamente disfuncionada de Manuela Ferreira leite – inscreve-se, desde logo, na sua fala, onde o inconsciente se manifesta de forma estrondosa, mediante actos falhados – que ela depois procura corrigir conforme pode e sabe. Só que hoje a sua fala foi grave de mais. De tal modo que no fim da conferência percebeu que se justificasse aquelas declarações ainda agravaria mais o ambiente político gerado, razão por que deixou essa tarefa ao "songa-monga" de serviço.
Portanto, temos em Ferreira Leite um conjunto de actos falhados, esquecimentos, imprecisões, dislates aliado a um relato de outras disfunções que Lacan designa de formações do inconsciente – o qual é definido pela linguagem utilizada.
Entre o Real, o Simbólico e o Imaginário (RSI) Ferreira leite quer sempre ir nas três direcções e na sua antítese, ora isto em política é tão impossível quanto fatal. É assim a Manuela entrou em espiral consigo própria, querendo uma coisa e o seu contrário, e, hoje, de forma pioneira (“QUALIDADE EM PESSOA”) em Portugal, desejou democracia e ditadura de forma mitigada e ambivalente – para resolver problemas políticos concretos do País. Uma vez mais a estrutura do seu raciocínio e da sua (modesta) linguagem – traiu-a de forma estrondosa.

Caso o País tivesse esta senhora no Poder - a tomar decisões - haveria, automaticamente, um conjunto múltiplo de efeitos desastrosos em cadeia no próprio sistema de poder: crise estratégica, crise de orientação, crise de representatividade, crise de endividamento, enfim, haveria uma regressão competitiva em todos os sectores da economia e da sociedade que comprometia a viabilidade de tudo o que mexesse. Até as folhas das árvores deixariam de ser animadas pelo vento, que também congelava – tal como a democracia...

Numa palavra: estudar o comportamento político de Ferreira Leite no decurso destes breves meses em que se encontra à frente do PSD - não é tanto uma tarefa para politólogos, sociólogos, historiadores ou juristas, mas mais uma retorno aos inúmeros actos falhados explicados há um século por Sigmund Freud - depois retomados por Jacques Lacan e por todo um conjunto de confusões, desordens, perturbações, transtornos e distúrbios que denunciam mais o sintoma duma doença de todo um corpo político (o PSD), do que propriamente a doença de uma pessoa isolada que, em rigor, nenhuma relação tem com o mundo politico.

E quando ontem Ferreira Leite se referia à "hipotética e desejável" suspensão da democracia por 6 meses - pergunto-me se seria esse o tempo de que ela necessitaria para arrumar a casa, constituir uma equipa de governo-sombra para governar em 2020 e, de caminho, tratar de despachar Santana Lopes no quadro das eleições autárquicas de 2008 - que tanta contradição e paralisia lhe têm gerado.
Entre Setúbal e a Figueira-da-Foz – há sempre a possibilidade a de vir para a Mealhada!

Porque não?
Que dizem Breda, Carlos Marques?
A César não vale a pena perguntar, porque ou é ele ou então muda para o PS novamente!
A João Pires – com toda a certeza ficará descrente na democracia PSD!
A Miguel Miranda – não gostará da ideia, visto para ele, César é César uma santidade embora, gostasse de uma Ferreira Leite V Salazar! Mas coitado não mais podia insultar mas poderia ser a comandante da polícia politica, eu seria por certo o primeiro nos calaboiços!

Pronto, está tudo dito, desabafei, ainda bem que existe democracia em Portugal!
E que viva a DEMOCRACIA PARA SEMPRE, SEM INTERVALOS!...

4 comentários:

Anónimo disse...

Caro Egídio Peixoto:
Não tendo o prazer de o conhecer e entendendo que não devia em blogue alheio pedir satisfações, vim aqui ao seu espaço questioná-lo sobre a má índole que me atribui.
Noto-lhe uma parcialidade que compreendo pela veia socialista que não disfarça. Mas como não o tenho por desinformado gostaria que me explicasse em que se fundamenta para uma acusação grosseira e mal educada, própria de caracteres mal formados.
se se der à maçada, perca uns minutos a explicar-mo.

AMMF

Anónimo disse...

Ó António Miguel Miranda Ferreira, és tudo o que o Egídio te chama e mais coisas...sabes como te chamam na Mealhada?

Chamam-te o "Taliban que veio do Bairro Social do Canedo e que agora julga que é alguém."

Repensa as tuas atitudes.

És visto como o tipo que está a organizar a vida à sombra do Peres...apenas e só isso.

Tem vergonha mariola!

Anónimo disse...

Já agora Sr. Peixoto, não é você um dependente do partido socialista?
Critica aqueles que subiram a pulso e não dependem da política ou dos politicos para o seu ganha pão?
O senhor não passa dum assalariadozeco do partido socialista.

Egídio Peixoto disse...

Caro anónimo das 16.41h,
o excelentíssimo e digníssimo “senhor”não passa de um insultuoso contra os assalariados, quando diz,”assalariadozeco”, isto porque a maioria dos Portugueses são assalariados e são dignos, porque trabalham, produzem, cumprem objectivos, são avaliados pelo seu desempenho, pagam impostos, sustentam Portugal com os mesmos, e tem gosto de ser assalariados, no qual eu também me incluo há mais de 27 anos sempre a contribuir para a melhoria de Portugal, e de certeza a encher a “pança” do digníssimo, que mais não deve ser que um parasita da sociedade!
O Trabalho dignifica o homem, coisa que o digníssimo e excelentíssimo senhor com toda a certeza o não deve conhecer. Talvez possa ser mais um daqueles “empresários”que atrofião a economia Portuguesa com a subsidio dependência.

Quanto ao ser dependente do PS, digo-lhe que não, não sou dependente nem do PS nem de partido nenhum, sou livre, gostei de ver o 25 de Abril de 74 como tal guio-me pela minha liberdade de pensamento, por isso tanto me revejo com o PS como com o PSD.
Pensará o digníssimo – porque critica ele Ferreira Leite?
Pois a resposta seta no post em que o digníssimo excelentíssimo “cavalheiro”me teve a honra de “insultar.

Subir a pulso e não depender da política, outro exemplo que encaixa em mim que nem uma luva. Não devo nada à política e a politica nada me deve. Todo o meu “ganha-pão” é conseguido por mérito próprio, nunca dependi de terceiros, nasci numa família humilde mas honesta, casei com quem amava e amo e também de uma família humilde e honesta. Portanto a família que construi continua a ser uma família humilde e honesta, e a honestidade é um valor que levamos muito a sério, e tudo que temos foi construído com muito trabalho e dedicação sem ajudas de ninguém, porque infelizmente já não tenho pais nem sogros à muitos anos. Por isso tudo foi a pulso com suor e lágrimas pelo meio, mas somos felizes e fazemos gente feliz e isso é o que mais nos orgulha!

Mesmo não lhe devendo dar explicações da minha vida, aqui está a prova do que me move e que não sou parasita, quanto si Digníssimo e Excelentíssimo Senhor não sei, mas com uma certeza porém fico não é senhor de trabalho, o que me acusou é minha certeza do que é, vive na sombra, no encosto de uma organização para que consiga ter o pão, o vinho, a roupa, a vaidade do indigno!...