António Cluny, do sindicato dos Magistrados do Ministério Público, chamou a si o papel de defensor da democracia e diz que as de Organização e Investigação Criminal e de Segurança Interna só encontram paralelo no tempo da ditadura. Esquece o ilustre magistrado que no tempo da ditadura os seus colegas nunca se preocuparam com a democracia, preferindo beneficiar do alto estatuto que a ditadura lhe proporcionava. Quem lutou pela democracia e ajudou a restabelecê-la não foram certamente os magistrados, que no regime era meros auxiliares da PIDE.
António Cluny podia deixar a democracia descansada, o que o preocupa são os poderes corporativos, poderes que se habitualmente se traduzem em mordomias, quanto mais poder se tem melhores benesses se alcançam.
António Cluny podia deixar a democracia descansada, o que o preocupa são os poderes corporativos, poderes que se habitualmente se traduzem em mordomias, quanto mais poder se tem melhores benesses se alcançam.
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