Hoje é o dia mundial da criança. Desenganem-se os que pensam que eu vou estar para aqui a dissertar sobre as criancinhas… Tão queridas!... Não, não vou.
Vou falar de outras crianças, daquelas que deviam viver em nós mas que aos poucos e poucos vamos deixando morrer…
Vou falar de outras crianças, daquelas que deviam viver em nós mas que aos poucos e poucos vamos deixando morrer…
Quando somos crianças temos uma ânsia enorme para sermos “crescidos”. Pensamos que os adultos podem fazer tudo o que querem… e ser o que quiserem…
Vamos crescendo e esperamos pelos 18 anos para ser oficialmente adultos. Quando os 18 anos chegam verificamos que praticamente nada mudou na nossa vida porque continuamos economicamente dependentes dos pais. Queremos então um emprego para ganhar dinheiro e poder comprar o que nos “apetecer”…
Finalmente temos um emprego mas o ordenado não dá para comprar tudo, temos que poupar algum dinheiro para comprar algo mais caro… temos que fazer contas, fazer contas…
De repente damos por nós a dizer: “quando eu era criança…”. E a esforçamo-nos por manter-nos jovens, já não queremos ser “mais velhos”…
E temos receio de ter atitudes “menos próprias” para a nossa idade…
E a tentar “ressuscitar” a criança que fomos em tempos…
Em parte, acho que nunca deixei morrer a criança que há em mim… e ainda considero o dia de hoje o meu dia!...
Vivam as crianças de todas as idades!
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