segunda-feira, 24 de março de 2008

Termas do Luso - Mealhada


A Vila de Luso fica localizada na vertente ocidental da serra do Buçaco.Situada a cerca de 20 kms da cidade de Coimbra e a 40 kms da cidade de Aveiro, esta famosa estância termal está integrada na Beira Litoral, distrito de Aveiro, num local saudável, à altitude de 200 m acima do nível do mar.A freguesia de Luso é limitada a norte pela freguesia de Vila Nova de Monsarros, a sul pela freguesia de Sazes do Lorvão, a leste pela freguesia de Trezoi e a oeste é limitada pelas freguesias de Vacariça e Mealhada.Fazem parte desta Freguesia os lugares de Barrô, Lameiras de S. Pedro, Lameiras de Stª. Eufêmea, Várzeas, Salgueiral, Monte Novo, Carvalheiras, Louredo e Buçaco.As origens da Vila de Luso remontam a tempos imemoriais e, para mostrar a sua antiguidade, refere-se o nome de "villa" que aparece já em documentos medievais. Supõe-se que, o seu nascimento, data do ano de 1064. O Luso era uma "villa" que pertencia ao abade Noguram e que foi doada ao Mosteiro da Vacariça, tendo este e todos os seus bens, sido posteriormente doados ao bispo de Coimbra ficando, assim, a Vacariça, sendo uma freguesia do bispado de Coimbra. No ano de 1514, a 12 de Setembro, D. Manuel concede foral ao concelho de Vacariça e entre os anos de 1700-1800, este concelho, torna-se um centro de poderosa autoridade. Nesta altura, o Luso, pertencia ao concelho de Vacariça.Por altura do ano de 1834 o Luso e a Pampilhosa eram tuteladas pela igreja matriz da Vacariça mas, pela execução do decreto dos forais, promulgado na Ilha Terceira em 1832, as três freguesias desligaram-se e é assim que o Luso se torna uma freguesia independente, situação que irá manter até aos tempos que agora decorrem.O concelho da Vacariça é incorporado no distrito de Aveiro, por decreto-lei de 25 de Abril de 1835, sendo então, também incorporadas neste concelho, a vila de Mealhada e a freguesia de Vila Nova de Monsarros. O Luso fica, assim, a pertencer à freguesia de Vacariça e ao distrito de Aveiro e, por decreto de 6 de Novembro de 1836, a Vacariça é incorporada na comarca de Águeda, ficando o Luso, obviamente, a pertencer a esta comarca. Neste decreto de 6 de Novembro de 1836, a Mealhada é elevada a sede de concelho e incorpora as freguesias de Tamengos, Casal Comba e Ventosa do Bairro, ficando a pertencer ao distrito e comarca de Coimbra.O concelho da Vacariça é extinguido por decreto em 4 de Julho de 1837 e, todas as terras que dele faziam parte, são incorporadas no concelho da Mealhada com excepção de Vila Nova de Monsarros que fica a pertencer ao concelho de Anadia. É assim que o Luso passa a integrar o concelho de Mealhada, distrito e comarca de Coimbra.A 24 de Outubro de 1855 o concelho de Mealhada torna-se parte integrante do distrito de Aveiro, embora a ele já estivesse ligado a partir do ano de 1853. O Luso passa então a pertencer ao concelho de Mealhada, ao distrito de Aveiro e à comarca de Coimbra, situação que se mantém até aos dias de hoje, exceptuando a comarca que, recentemente, passou à pertença do concelho de Mealhada. Eclesiasticamente, o Luso sempre pertenceu à Diocese de Coimbra embora, há quem afirme, que também já pertenceu à Diocese de Aveiro e à Diocese do Porto.A agricultura e a criação de gados foram a forma de vida da população de Luso durante os séculos XVIII e XIX pois, devido à abundância de águas, a fertilidade das terras era excelente. Eram abundantes os milheirais e as pastagens para o gado bovino e caprino. O Luso era uma região fértil, situada entre duas colinas, num vale maravilhoso onde existiam três nascentes de água diferentes: uma de água comum – fonte de S. João; outra de água férrea; uma outra de água termal. Matas de eucaliptos e pinheiros fazem também parte da riqueza natural desta terra.Por meados do século XVIII, um médico que morava perto do Luso, no lugar da Lameira de S. Pedro, de nome José António de Morais, aproveitando a excelência das águas existentes no Luso e as suas qualidades patológicas extraordinárias, começou por fazer ensaios em doenças cutâneas. Foram assim construídas barracas de ramagens que depois foram substituídas por um barracão de madeira. No ano de 1838 já existiam 5 barracões de madeira, tendo a Câmara Municipal de Mealhada substituído-os por uma casa de alvenaria que não apresentava, mesmo assim, boas condições de higiene. Por alturas do ano de 1849 deu-se a construção de um grande edifício com todos os requisitos exigidos.Seria depois o professor Costa Simões que viria a contribuir para o grande desenvolvimento desta estância termal, dando-a a conhecer ao mundo com a pujança extraordinária que nos levaram até aos tempos de hoje.Água puríssima, diurética e desintoxicante, fez crescer o interesse por grande quantidade de banhistas que viriam a afluir ao Luso, provocando um enorme desenvolvimento na indústria hoteleira ajudando a elevar o nível da população que passa assim a ter uma vida sazonal; trabalha no Verão angariando meios para subsistir no Inverno.A 6 de Novembro de 1937, o Luso é elevado à categoria de vila, pelo decreto-lei nº 28 142. Era, então, Presidente da República Portuguesa o Marechal António Oscar de Fragoso Carmona e Primeiro Ministro António de Oliveira Salazar.A Vila de Luso, é hoje uma estância termal das mais conhecidas a nível mundial, possuindo um vasto equipamento hoteleiro, pavilhão gimnodesportivo, piscinas públicas e privadas, campos de ténis, posto de turismo, bancos, todo um leque de extraordinárias ofertas a quem o visita. É uma terra hospitaleira, amada pelas suas gentes que a idolatram e que a escolheram para viverem os seus dias. Gente simples e acolhedora que tudo têm feito para engrandecer a sua vila e a tornar cada vez mais famosa e visitada. PATRIMÓNIO E TURISMO:

O Luso é uma freguesia onde os prazeres da natureza podem ser fruídos ao máximo, sendo, sem margem de dúvida, uma mais valia em termos económicos e de imagem para todo o concelho da Mealhada. Os complexos hoteleiros, as termas, a beleza e a história do Buçaco, são maravilhas ao dispor dos muitos visitantes.Do património arquitectónico, destaca-se a igreja matriz erigida no Séc. XVII, donde se salienta uma escultura da Virgem com o Menino (Nossa Senhora do Rosário) bem como a escultura da padroeira, Nossa Senhora da Natividade. Do mesmo século, é nos dado verificar, uma capela baptismal com retábulo seiscentista e uma imagem de S. Silvestre, em pedra, do século XV.Na fonte de S. João, ou das Onze Bicas, há uma capela dedicada a S. João Evangelista cuja edificação remonta ao século XVIII. De referir alguns edifícios modernos, como o palacete do marquês da Graciosa, (hoje Pensão Alegre), o Hotel das Termas, o Centro de Férias do Inatel, Ex-Hotel Lusitano, a Arte-Nova do Casino e algumas "Vilas" ainda hoje existentes.No Buçaco, o Palace Hotel, é uma obra neo-manuelina, do arquitecto italiano Luigi Manini, tendo nas suas galerias exteriores azulejos do artista Jorge Colaço. Realce para o complexo do Mosteiro e Via Sacra com Esculturas da Paixão de Cristo, da autoria de Costa Mota. No interior da igreja conventual destaca-se um retábulo de Nossa Senhora do Bom Leite, óleo de Josefa de Óbidos.A serra do Buçaco aparece já, como ponto de referência, numa doação feita por Gundezinho ao Mosteiro de Lorvão no ano de 919.Em 1628, a Ordem dos Carmelitas Descalços entendeu fundar um cenóbio nas encostas da serra e, assim, nasceu o Mosteiro de Santa Cruz do Buçaco. PAISAGEM:

A floresta do Buçaco é um bosque espesso onde as árvores têm porte gigantesco. Cedros, abetos, sequóias, tílias, ulmeiros, faias, redoendros, fetos gigantes, acácias e freixos, provenientes da América, da Austrália, dos Himalais ou de tantos outros locais do mundo, plantadas e cuidadas por gerações de monges Carmelitas Descalços que viveram em clausura e contemplação por mais de 200 anos, entre 1630 e 1834.A vila de Luso oferece ao seu visitante um variado leque de opções para o seu entretenimento e lazer.A Fonte de S. João, fonte de Castanheiros, o Largo, os campos de ténis, a piscina municipal, o parque de campismo, os moínhos de Carpinteiros, são pontos de visita e referência, que deixarão embevecidos todos aqueles a que esta terra aportam.Possui, também o Luso, um apetrechado centro de fisioterapia, bom equipamento hoteleiro, salas para congressos e reuniões, posto de turismo, museu, bancos, piscinas privadas, campo de tiro e de futebol. É servido pela estação dos caminhos de ferro da Linha da Beira Alta, via electrificada com ligação à Europa, e dista sete quilómetros da auto-estrada Lisboa-Porto, com bons e rápidos acessos a qualquer destas cidades, bem como a Coimbra, Aveiro, Viseu, Guarda ou à vizinha Espanha.Existe ainda a conhecidíssima Água de Luso que, é hoje, o maior empregador do concelho da Mealhada. Sugestões de Visita:
balneário termal, parque do Lago, parque florestal do Buçaco (Cruz Alta, Palace Hotel, Fonte Fria, Convento, Via Sacra,etc.); Monumento Comemorativo da Batalha do Buçaco, Posto do Comando do Marechal Wellington (Batalha do Buçaco), Fonte S. João, Fonte dos Castanheiros, Museu Militar do Buçaco (Batalha do Buçaco), Azenhas de Carpinteiros, (Moínhos de Água), Parque de Campismo e Pavilhão Municipal. DESPORTO E CULTURA:

A componente desportiva é composta por quatro colectividades: Clube Desportivo de Luso; Luso Ténis Clube; Clube de Caça e Pesca e Sociedade Columbófila. Registam-se as infra-estruturas: campo de futebol, quatro campos de ténis, dois pavilhões desportivos, centro de estágios, Parque de Campismo e outros . Em termos culturais, a freguesia conta com bibliotecas, escolas de música e pintura, um museu militar - evocativo da guerra peninsular - e um programa de animação cultural. O Grupo Folclórico "As Tricanas de Luso", o Grupo Coral da Paróquia de Luso, o Grupo Musical e Recreativo de Luso e o Grupo de Jovens Cristãos de Luso (teatro/acampamentos) estendem as suas iniciativas a diversos campos culturais. Na área da Segurança Social existe um lar para idosos e um jardim de infância. Destaque ainda para a existência de um bairro de habitação social. EDUCAÇÃO, SAUDE E HABITAÇÃO SOCIAL:

Existem na freguesia de Luso três estabelecimentos de ensino Pré-Primário e quatro de Ensino Básico Primário. Na área da Segurança Social, existe um lar para idosos e um jardim de infância. A freguesia conta com o apoio de duas Farmácias, uma extensão de Centro de Saúde, um Balneário Termal, um Bloco de Medicina Física e Reabilitação, um Centro de Recuperação de Toxicodependentes e três consultórios médicos. Destaque ainda para a existência de um bairro de habitação social. PERSPECTIVA DE FUTURO:

Os projectos de futuro desta freguesia, viram-se para a implantação de infra-estruturas para o desenvolvimento de actividades turísticas, ampliação do cemitério, criação de fontanários na Avenida Navarro, parques de estacionamento, parques de merendas e regularização de trânsito na Vila. Na vertente social é deveras importante e torna-se prioritário, a construção de um edifício para o devido funcionamento do Posto Médico. No campo cultural é necessária a recuperação do Cine-Teatro Avenida.

O Luso é um local paradisíaco que espera por vós. Venha desfrutar dos prazeres da natureza e, por certo, ficará a admirar este maravilhoso local. A beleza e o património histórico desta vila, é um grande atractivo para quem a visita.Esperamos por si!

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