Apetece esquecer o desespero que me dispersa no próprio silêncio, concentrar-me. Procurar quem sou, não renegado o sentido mais profundo que faz erguer meu ser
Domingo à tarde
quando por fim tenho tempo
para assim perder meu tempo
em coisas que apetecem
Domingo à tarde
quando o tempo não é dinheiro
e as horas deixam de te agenda...
Só então apetece deixar escorrer
a areia longa do silêncio
na ampulheta do peito.
Fechar-me por dentro
e esquecer que tenho de pensar
na guerra, na fome e nas doenças
que sitiam o prazer.
Apetece fugir do mundo
e sozinho ficar ninguém
ser um simples homem só
apenas diante de si mesmo
Não ter família nem pátria
e desterrado do passado
assim sozinho pasmado
emergir em egoísmo
sem ter de pensar em Deus.
Com essa altiva ilusão
de poder descobrir o futuro
e novos mundos construir
Apetece em suma
ser inventor da utopia
nascer por dentro
e sem voltar atrás
dar alquimia à vida
Domingo à tarde
quando por fim tenho tempo
para assim perder meu tempo
em coisas que apetecem
Domingo à tarde
quando o tempo não é dinheiro
e as horas deixam de te agenda...
Só então apetece deixar escorrer
a areia longa do silêncio
na ampulheta do peito.
Fechar-me por dentro
e esquecer que tenho de pensar
na guerra, na fome e nas doenças
que sitiam o prazer.
Apetece fugir do mundo
e sozinho ficar ninguém
ser um simples homem só
apenas diante de si mesmo
Não ter família nem pátria
e desterrado do passado
assim sozinho pasmado
emergir em egoísmo
sem ter de pensar em Deus.
Com essa altiva ilusão
de poder descobrir o futuro
e novos mundos construir
Apetece em suma
ser inventor da utopia
nascer por dentro
e sem voltar atrás
dar alquimia à vida
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