segunda-feira, 16 de março de 2009

SÓCRATES E O CULTO DA PERSONALIDADE



Existe um culto da personalidade à volta de Sócrates, é indesmentível. Começou em 2006, com as corridinhas a assustarem os pançudos, as tareias no Parlamento a envergonharem os palonços e a evidência de que o homem ia mesmo tentar reformar alguma coisa. E o culto cresceu. Cresceu como nunca se tinha visto em Portugal. Até no PS há militantes e deputados que alimentam o culto da personalidade a Sócrates, veja-se o ponto a que isto chegou. O Alegre, por exemplo, é um deles. E outros que estão com ele, que até chegam a votar contra o partido na Assembleia da República ou sonham com a perda da maioria absoluta, não se cansam de falar em Sócrates. Mas onde o culto da personalidade atinge o seu histerismo é na oposição. À direita, o mais destacado cultor é o Pacheco, coadjuvado pelo Zé Manel e pasquim, a que se juntou o Sol, TVI e Correio de Manhã, pelo menos. À esquerda, PCP, BE e sindicatos amigos, vocacionados para cultos da personalidade desde o berço, não deixam os seus créditos por manipulações alheias. Todavia, nada se compara com o paroxismo que acaba de ser alcançado pelos professores:
"Sou professor não voto em Sócrates"
Os professores consideram que a governação de Portugal é matéria da exclusiva responsabilidade de um indivíduo. Não há partidos, não há militantes, não há programas, não há eleições, não há Parlamento, não há sociedade, não há comunidade, não há Pátria, não há nada para além de um nome, uma cara, um poder que se projecta absoluto, um monarca.
Espero que os professores não andem a ensinar estas porcarias aos seus alunos. Para isso, mais vale que ocupem o seu tempo em manifestações, onde podem dar largas ao culto da personalidade de Sócrates com aqueles cartazes tão giros que o procuram ofender, precisamente, na sua personalidade. Os alunos, assim livres da influência destes professores, terão até tempo para aprender alguma coisa de política.

AspirinaB

3 comentários:

Anónimo disse...

Felizmente para o Sócrates que há o inominável Egídio.
O homem vale bem mais do que todos aqueles que tanto critica: o Pacheco, coadjuvado pelo Zé Manel e pasquim, a que se juntou o Sol, TVI e Correio de Manhã.
Estás salvo, Sócrates!
Sem ti a Terra parava!
Perdão: a Terra continua a girar, não só graças a ti, mas também graças ao inefável Egídio que, com os seus empurrãozinhos, evita a desgraça.

Anónimo disse...

empurrãozinhos!...
Valha-me Deus, nem o "Magalhães"...
Aprendam português para poder criticar...

Anónimo disse...

Foi de propósito.
O Egídio só é capaz de empurrãozinhos, uma coisa que não existe.
Percebeste?