Pois que a vida não deve existir,
nem ser escrita.
Não parti, porque afinal nunca cheguei.
Estou aqui, na terra de todos aqueles que
não se conhecem, estendendo-te a mão.
Querias ser como eu? Não queremos
ser todos algo que não somos? É
duro reencontrarmo-nos, sim.
Nunca soube, nunca perceberei
se o hábito, a rotina, essa solidão
é prenda ou veneno... Tu sabe-lo?
Assim, escrevo como se
tudo fosse perguntar.
E cá vou andando, nunca partindo,
nunca chegando...
Alexandre Fonseca
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