A Justiça não funciona bem. Mas sem dúvida que é melhor para todos que haja regras e leis e que elas sejam respeitadas. Afinal pior que ter um Estado de direito imperfeito é não ter nenhum.
O segredo de justiça é uma dessas regras e funcionando como funciona, funciona mal. A quebra do segredo de justiça não é uma benesse dada ao "povo" pela livre comunicação social. O que se está a passar com a Face Oculta, como com o Freeport e outros casos, é em boa parte uma acção político/partidária que envolve políticos, magistrados e órgãos de comunicação social (e jornalistas) e que parasita o urgente, indispensável e intransigente combate à corrupção para, com fugas seleccionadas, de veracidade não escrutinável, tratar de outros "negócios" como é o de tentar ganhar na "secretaria" o que não se conseguiu ganhar em eleições. Isto é derrubar Sócrates. O que se tenta é minar a política não às claras e com as suas armas mas com uma tempestade de insidiosas e difusas acusações de carácter moral.
As "fugas das escutas" e as mortíferas campanhas de carácter têm um papel muito diferente da investigação jornalística séria que frequentemente leva a que se faça justiça e se descubram crimes que de outra forma ficariam sob o manto do segredo. Este tipo de campanhas negras à Fox News, salvo as devidas proporções, não são uma contribuição para a democracia. São a sua gangrena.
Sobre isto há leituras diferentes. A quem detesta Sócrates qualquer "fuga" de qualquer "escuta" lhe serve para o considerar um criminoso. Outros haverá que mesmo com provas provadas não as aceitariam. Prudente é esbracejar só depois de algo concreto. E até agora... nada.
Raimundo Narciso
Raimundo Narciso
2 comentários:
A falta de formação adequada de muitos técnicos, de novos vereadores, de muitos indivíduos sem formação, de adivinhos, de maluquinhos, ou quejandos, constitui um problema crónico do nosso quotidiano, com reflexos directos na preparação e obtenção de resultados e também no ambiente intelectual, ético e social que marca o panorama no concelho da Mealhada.
Este e outros blogues, onde não há milhas a percorrer nem Calígulas para aturar, têm dado sinais e passos importantes visando regularizar a situação e pôr cobro a um estado de calamidade. A ausência de formação credível é deveras chocante e absolutamente inaceitável, tanto mais que, todos os dias, vemos a repulsa de vários comentadores que não cedem a interesses instalados, imorais e lesivos da nossa comunidade. Tal como em outros locais, aqui não se troca a respeitabilidade e solidez de visão e acção pelo vento do puro e falacioso oportunismo e não deitamos fora o capital de coragem e lucidez política que temos vindo a amealhar. Isso seria uma inesperada desilusão e regressão.
Na ausência de certos esclarecimentos e fundamentos adicionais que deveriam ser feitos por um grande covarde, só vêm revelar o baixo nível das ofensas e provocações gratuitas e desprovidas de bom senso; e contribuem para adensar o clima de suspeição. Terá este covarde abdicado da finalidade da sua função e resvalado para uma nova conduta à imagem que dele é habitualmente difundida, ou seja, um grande oportunista?
Veio mesmo a calhar a fulminante tirada - mais uma! - do Gaius, dita depois de ser eleito para o novo e assaz serviço de terceira, do consulado mealhadense. Com o alcance e o brilhantismo, a racionalidade e sensatez, a elegância e o requinte habituais, o iluminado Germanicus, põe em dúvida um dos mais prestigiados militantes do seu Partido.
Orelhas moucas para palavras loucas, porque o Imperador tem o poder de dizer o que lhe dá na real gana e até parece que os atingidos têm que ouvir e calar? E calam-se por simpatia, por obediência, por conveniência ou consentimento? Pois, meu menino, percorres muitas milhas a escarninhar, mas, tem paciência, para esse peditório já eu dei há muito tempo e a bruxa da tua terra já morreu há muitos anos. O teu destempero verbal deixa de fora o teu comprido rabo de uma enorme contradição e gritante aberração.
Como se vê, o desatino do Tonecas da Pampilhosa ainda anda à solta e não há vacinas que eliminem o vírus do menino maluquinho. Parece que pelas suas hostes não há ninguém de peso que enfrente a demência nele instalada. Ao invés, o santinho é entronizado e passeado em andor com música e foguetório; goza do trato dispensado aos antecessores, outrora incensados e agora cobardemente atraiçoados, não é senhor GBM? Em suma, na advocacia, na horticultura, no bruxedo, na caça ao dote, na política e no resto, através de muitas milhas percorridas na procura do Santo Graal, os resultados revelam que temos o que merecemos, mas eu não. O remédio para os que foram vítimas é aguentar e assumir a culpa pessoal; não há outro.
E o gajo gosta de leitão! Perdoem-me o adiantado da hora, mas andei à procura de nhanhas e não encontei nenhuma.
PS: Publicado em "A MILHA DE CALÍGULA"
O blog tem código malicioso (vírus)!
Enviar um comentário