segunda-feira, 16 de novembro de 2009

ANTÓNIO ALEIXO ONTEM E HOJE



António Aleixo, o mais célebre dos nossos poetas populares, morreu faz hoje 60 anos. Em homenagem ao seu talento aqui deixo quatro das suas quadras. Tão actuais hoje como no dia em que as escreveu:



Sem que discurso eu pedisse,


ele falou e eu escutei.


Gostei do que ele não disse;


do que disse não gostei.



P'ra mentira ser segura


e atingir profundidade


tem de trazer à mistura


qualquer coisa de verdade.



Mentiu com habilidade,


fez quantas mentiras quis,


agora fala verdade,


ninguém crê no que ele diz.



Julgando um dever cumprir,


sem descer no meu critério,


digo verdades a rir


aos que me mentem a sério!

3 comentários:

Anónimo disse...

Tudo se enquadra nos dias de hoje, é mesmo verdade Egídio.
Que o digam alguns elementos do nosso PSD Mealhada...

Anónimo disse...

O Gaius é que devia ler as quadras, porque são o retrato dele.

Anónimo disse...

Sei que pareço um ladrão
Mas há outros que eu conheço
Que sem parecerem o que são
São aquilo que eu pareço.