domingo, 1 de novembro de 2009

PUBLICO...






Há quem se dedique à fraude e ao peculato enquanto outros brincam às conspirações.

Por entre muitos cidadãos impolutos, há quem troque a honra por euros ou comprometa a dignidade a troco de sinecuras. Não admira que no terreno pantanoso medrem os que, a troco de migalhas, percam a honra em atitudes dúbias ou conluios indecorosos.

Perante a deliquescência da honra não admira que um assessor de Belém se preste a ser estafeta para um recado, ou autor de uma cabala, apresentando-se em nome do PR para encomendar uma notícia ao director de um jornal. O primeiro chama-se Fernando Lima e o segundo José Manuel Fernandes, até ontem director do Público, onde fez a apologia de Bush, de Barroso e da invasão do Iraque, até se precipitar numa inventona que tinha em vista interferir nos últimos actos eleitorais e desacreditar o PS.

Enquanto o Fernando (Lima) passou de assessor principal para tarefas menores, à espera de que os portugueses se esqueçam da insinuação das escutas a Belém, que sabia serem falsas, o Fernandes foi continuando a destruir a credibilidade do Público até ao dia de ontem, quando escreveu um editorial heróico a seu respeito.

Fernando e Fernandes protagonizaram uma farsa que pôs em causa o prestígio da PR e a confiança na comunicação social. Fernandes disse que Fernando não era a única fonte em Belém, mostrando que há mais quem se preste a exonerar a honra das funções que ocupa.

O desprestígio que atingiu o primeiro dos órgãos da soberania só pode ser recuperado com outro inquilino e a confiança que mereceu o Público com Vicente Jorge Silva e Jorge Wemans não é compatível com a permanência do Fernandes no jornal. Mas, por enquanto, a ida para Bruxelas fica adiada e é ao serviço da Sonae que o Fernandes se vai manter. O Fernando continua na sombra enquanto o País espera que Cavaco esclareça a trapalhada em que se deixou envolver.

Somos obrigados a respeitar o PR mas não há Constituição que nos obrigue a confiar nele. Fernando e Fernandes contribuíram para o descrédito das instituições.

1 comentário:

Anónimo disse...

Na Mealhada nem com açucar lá vai...é uma cambada de inaptos...