quarta-feira, 7 de outubro de 2009

PSD: QUAL É O SEU ADN?


É verdadeiramente extraordinário que os que ponderam ponderar candidatar-se a Presidente do ,continuem sem explicar ao certo ao que é que vêm e o que é que correu mal nestes últimos anos no partido e prefiram análises estratégicas e não programáticas. Poderia tratar-se de táctica, o que torna este meu post precipitado, mas a verdade é que tudo parece passar-se como na última disputa pela liderança, tempos em que reinava a ideia de que o PSD falhava apenas pelo líder e pela sua circunstância.

É finalmente a hora de o PSD descobrir qual o seu espaço na nova década. Qual o seu papel. Se é que tem algum.
Ora, essa descoberta será difícil enquanto o PSD estiver dominado não só por quem não vê, como também por todos aqueles que insistem e continuam a insistir que o PSD se deve posicionar no centro esquerda e a defender o modelo do Estado social.
Por isso mesmo, considero que a primeira coisa que um candidato a líder do PSD deveria vir dizer ao país era a lista de aspectos substanciais que separam o PSD do PS. E não se trata de teorias nem de amanhãs que contam. Mas sim, coisas mais concretas, políticas de substância, alternativas, caminhos divergentes.

Não me parece que seja isso que esteja neste momento a acontecer, nem me parece que seja isso que venha a suceder. Simplesmente porque, de entre os vários que ponderam ponderar, nenhum é propriamente conhecido por negar o "caldo social-democrata" que tem enformado o partido.

Ora, como então, se nenhum dos candidatos consegue fazer uma listinha com mais de 10 aspectos, mais vale que fiquem em casa. Porque desde a actual líder, bem como os que se perfilam como possíveis candidatos à liderança do PSD, a única que conseguem dizer é que o PSD, é um PS melhorado (em quê?).
São mais uns quantos que não perceberam o resultado das últimas eleições (quem ganhou foi PSD e não o PS).
Mas esta ideia é partilhada por todos os partidos, que eu fico com a dúvida - Será que o Presidente da Republica vai indigitar para primeiro-ministro, Louçã, Paulo Portas, Jerónimo, ou Ferreira Leite?
Mas o post é sobre quem é o PSD… como se diz na gíria popular será peixe ou carne?
Por favor, em vez de andarem sempre a mudar de líder, reúnam-se e discutam, ou criem a vossa ideologia, para não estarem colados na maior parte dos assuntos importantes para o país com o PS.
"Se um homem é feliz então está triste todos os dias. Cada dia tem o seu quinhão de tristeza ou a sua pequena preocupação".

2 comentários:

Anónimo disse...

O problema do PSD não é a social-democracia nem o seu excesso. O problema do PSD é que nele se misturam social-democracia, conservadorismo e municipalismo em grandes doses, com uma pequena dose de liberalismo nalguns sítios. Esta mistura de quatro ideologias torna o todo completamente incoerente.

Este problema, em minha opinião, é insolúvel. Não há solução ideológica para o PSD que não tenha que obrigar o partido a cindir-se. Não pode haver um partido ideologicamente coerente e que abarque todas as pessoas que atualmente se acolhem ao PSD.

É por isso que todos os candidatos a líderes se assumem em termos estratégicos ou pessoais, jamais em termos ideológicos. Porque sabem que, se se assumissem em termos ideológicos, teriam que partir o partido.

Anónimo disse...

O PSD precisa, tem de ser um partido definido ou é conservador ou é liberal não se pode encostar é à vertente socialista portuguesa e europeia que é a social-democracia.
Que significa centro esquerda, coisa que o PSD não protagoniza, nem
Mesmo o PPD de Sá Carneiro e ele sim foi o fundador o líder deste partido, que quis desde logo marcar a diferença entre o partido de Mário Soares e de Sá Carneiro. E estes senhores, embora um tenha partido muito cedo foram grandes estadistas. Resta um quer se concorde ou não com ele - Mário Soares, porque Álvaro Cunhal, Sá Carneiro já não se encontrão entre nós e eles não discutiam asfixias, discutiam políticas verdadeiras para Portugal alternativas que ponham em cima da mesa para um povo escolher.
Agora o PSD ou PPD/PSD discute mais vezes a liderança, do que é essencial para o país e que marque a diferença na maneira de governar este rectângulo.