Marcelo Rebelo de Sousa é a figura mais prestigiada, e mais popular, do PSD. Agora que Cavaco exibe uma mediocridade política aviltante no último lugar onde o deveria fazer, confirmando a lógica que enformou tudo o que de pior teve o cavaquismo, é em Marcelo que reside a réstia de elevação, e sentido do bem comum, à direita. Por isso é popular, por transmitir a percepção de conservar valores mais altos do que os meramente relativos à luta partidária e ambições de poder. E por isso é presidenciável, promete ser capaz de unir os portugueses, ser imparcial por imperativo pátrio. O que diz, portanto, é de extrema importância para a compreensão da actualidade política.
Acontece que a sua tribuna semanal, As Escolhas de Marcelo, é um invariável tempo de antena dos interesses do PSD e de quem ele achar por bem favorecer. Nada de errado, são essas as regras do jogo, mas esquecer que Marcelo é sinistro prejudica a pleno entendimento das suas mensagens. Nesta última edição, abateu-se sobre os 17 minutos de paleio o esmagador silêncio quanto ao caso BPN e entrada na festa de mais um ministro de Cavaco, Arlindo de Carvalho. Como é óbvio, não interessa para nada, sem outras informações, a questão policial e legal, donde o Arlindo pode até sair imaculado. Mas, como óbvio é, há interesse político no facto, posto que se relaciona com o impacto que tal notícia pode ter na opinião pública em período eleitoral. Se o Freeeport tivesse este tipo de passarões arrolados, e não a arraia-miúda que tem aparecido, Marcelo não perderia a oportunidade para envenenar a audiência com o savoir faire (leia-se, com a chico-espertice projectada em Sócrates) que o mantém na ribalta da política-espectáculo desde finais dos anos 70. Ter imposto que o assunto não fosse sequer mencionado, dá conta de uma autocensura desabridamente sugestiva quanto aos melindres que a matéria causa em Belém e na Lapa.
Acontece que a sua tribuna semanal, As Escolhas de Marcelo, é um invariável tempo de antena dos interesses do PSD e de quem ele achar por bem favorecer. Nada de errado, são essas as regras do jogo, mas esquecer que Marcelo é sinistro prejudica a pleno entendimento das suas mensagens. Nesta última edição, abateu-se sobre os 17 minutos de paleio o esmagador silêncio quanto ao caso BPN e entrada na festa de mais um ministro de Cavaco, Arlindo de Carvalho. Como é óbvio, não interessa para nada, sem outras informações, a questão policial e legal, donde o Arlindo pode até sair imaculado. Mas, como óbvio é, há interesse político no facto, posto que se relaciona com o impacto que tal notícia pode ter na opinião pública em período eleitoral. Se o Freeeport tivesse este tipo de passarões arrolados, e não a arraia-miúda que tem aparecido, Marcelo não perderia a oportunidade para envenenar a audiência com o savoir faire (leia-se, com a chico-espertice projectada em Sócrates) que o mantém na ribalta da política-espectáculo desde finais dos anos 70. Ter imposto que o assunto não fosse sequer mencionado, dá conta de uma autocensura desabridamente sugestiva quanto aos melindres que a matéria causa em Belém e na Lapa.
Val
5 comentários:
Este post tambem é daqueles que o Egidio diz que escreveu?
Sabes ler?
Então... vai decifrando e depois murmuramos...
Está bem?...
Parece que queres conversa… mas eu gosto de conversar com gente que dá luta e tenha alguma inteligência…
Há muitos anónimos que falam (escrevem) bem, outros são o teu espelho, mal-educados e provocadores.
Há desafios que são bonitos e habilidosos que dão gosto, melhor prazer partilhar uma conversa, não é o caso…
Um abraço!
Ei! Ei! Ei!
Cá está!
O Egídio é um vidrinho. Não se lhe pode dizer nada.
Onde é que está a má educação e a provocação do anónimo das 17:47 (que não sou eu), Egídio?
Vês como és tu que insultas logo, a troco de nada ("gosto de conversar com gente que ... tenha alguma inteligência")?
Como é que consegues chegar à conclusão de que o referido anónimo é atrasado mental? Não é isto também um insulto?
Dois insultos. Gratuitos. Despropositados. Apenas porque és mesmo assim. Está-te na massa do sangue. Embora escrevas ad nauseum que são os outros que te insultam, que te perseguem.
Julgas-te o quê? A perfeição em pessoa? Os outros é que são os malvados? Queres melhor prova do que esta, de que afinal não és o puro que pensas que és?
E depois és um fingido hipócrita: depois dos insultos acabas com um abraço?
Ei! Ei! Ei!
Passaram já dois dias e o Egídio conteve-se!
Parabens, meu caro!
Significa que, afinal, nem tudo está perdido.
O Egídio pode ser capaz de reconhecer quando se excede e de mostrar algum senso!
Se assim é, acaba de deixar de ter uma avaliação negativa e passar a ter 10 valores!
E pode subir mais, se continuar a comportar-se como ser pensante.
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