domingo, 21 de março de 2010

DA MENTIRA!...


Para a semana, a comissão parlamentar de inquérito ao caso PT/TVI inicia os seus trabalhos. Sendo conhecidas as declarações dos principais intervenientes (de Granadeiro a Bava, de Vasconcelos a Bairrão), não é complicado antecipar as conclusões do “inquérito”. Mas a questão não é tanto essa.

O que é extraordinário é a oposição (incluindo o Presidente da República) não entender que um primeiro-ministro — independentemente do que possa conhecer de forma indirecta — tem a obrigação política de dizer que não conhece negócios privados enquanto eles decorrem, mais a mais se estiverem em causa empresas cotadas na bolsa. Por definição, o discurso da política não pode ter a natureza de uma conversa à mesa do café. A isto se chama sentido de Estado.

Mas ainda mais extraordinário é que as carpideiras do regime se mostrem agora tão incomodadas com a “mentira” e não tenham reagido quando tomaram conhecimento de que Durão Barroso mentiu à Assembleia da República, ao dizer que havia visto as provas da existência de armas de destruição massiva no Iraque. Então, Durão Barroso não apenas mentiu como rompeu o consenso entre os partidos portugueses no âmbito da política externa — e quando estavam em causa assuntos de vida e de morte.
Abrantes

3 comentários:

Anónimo disse...

Argumentos estúpidos:
1 - Eles (a oposição, o PSD)já lá estiveram e tb não fizeram nada.
2 - Barroso tb mentiu - portanto Sócrates pode mentir.
São argumentos típicamente à Egídio.
Egídio fanático, pesporrente, desatento aos sinais.
Sinais que se metem pelos olhos dentro, mas que os Egídios deste país teimam em não ver.
Não há fumo sem fogo. Em política o que parece é. Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és.

Unknown disse...

Caro Egidio

Estava eu tão bem em Goa - já o disse, redisse e tridisse - quando, chateadérrimo, tive de voltar para este desgraçado torrão natal.

Assim como partira, no tocante às rei pliticae, assim quando cá cheguei continuava tudo na mesma como a lesma. Acusações de mentiroso, fraudulento, gatuno, utilizador de siglas nos telefonemas, etc., etc., etc.

José Sócrates deve estar farto, fartíssimo. Se eu fosse primeiro-ministro já me tinha demitido e ido embora. Mas - não sou. Felizmente. Ainda continuo a ser PS, não haja dúvidas.

E, com sempre também, temos aqui um «anónimo». Não gosto dos que se escondem para atirar a pedra. No meu blogue, esses tais «anónimos» não entram. Ponto.

Abs

Anónimo disse...

Espantoso.
Foi a Goa, voltou e continua a acreditar em São Sócrates.