domingo, 28 de março de 2010

PASSOS COELHO...PSD...FUTURO

Pantera cor-de-rosa: uma alegoria à vida interna do PSD

...A grande questão está em saber se Pedro Passos Coelho consegue inverter a tendência.

Pedro Passos Coelho e o (s) futuro (s)...

Pedro Passos Coelho (PPC) tem presença, articula com facilidade, tem telegenia e passa bem em televisão e, portanto, concentra características pessoais e psico-políticas essenciais a um político moderno - que Sócrates também reúne - e que a pobre senhora Ferreira leite não tem. Isto, à priori, é uma mais-valia para o PSD e uma desvantagem para o PS e para o PM. Que agora tem alguém no PSD mais incisivo e não uma líder faz-de-conta sem capacidade de planificação política nem capacidade para comunicar uma única ideia ao país. O problema de PPC é outro, que, em certo sentido, também se coloca a Sócrates e remete para a definição do modelo de desenvolvimento socioeconómico do país. Desta feita, PPC, assim como Sócrates, têm que se preocupar com as estratégias de desenvolvimento do país, seleccionar as medidas correctivas para eliminar os desvios micro e macroeconómicos, não governar em função da instabilidade do eleitorado e, por fim, aproveitar os recursos disponíveis do Estado e redistribui-los pelos portugueses com equidade e justiça social, será isso que fará dos dirigentes políticos homens de Estado. Ou seja, cada um à sua maneira, um no poder e outro na oposição, podem agora rivalizar e aprender um com o outro na arte e técnica da governação, e ambos terão que se preocupar com a orientação estratégica, o campo de possibilidades políticas, as suas correcções, os níveis de satisfação do povo, alimentar as suas expectativas e necessidades. Tudo para, no final, atingir um modelo de sustentabilidade de sociedade, que é o que Portugal hoje não tem, daí a desesperança. Diria, para concluir, que temos hoje dois homens à procura do poder em Portugal: Sócrates já o tem e quer mantê-lo; PPC tem o poder interno do partido mas ainda não ganhou a sociedade e o país. Mas esta competição saudável trará frutos aos portugueses, e se eles não vieram mais cedo deve-se ao adiar patológico de Ferreira leite que tem uma concepção anormal e incapacitante do poder e, por isso, deu uma péssima imagem não só do PSD nestes últimos dois anos no país, como apoucou a condição feminina acerca dos que as mulheres conseguem ou não fazer na esfera política. PPC está, pois, confrontado com dois futuros: consolidar o poder no partido e ganhar o país. Terá um semestre para gerar uma dinâmica de vitória e mostrar o que vale na sociedade, depois disso, se não se conseguir impor, suceder-lhe-á o mesmo que sucedeu a Luís Filipe Meneses, Marques Mendes e a outros líderes do psd que foram literalmente abatidos internamente quando se percebeu que não atingiam o cadeirão de S. Bento. E é o que sucederá ao PS quando um dia Sócrates se reformar - ou for compulsivamente reformado. A política, como a lei do tempo, tem esse efeito de erosão: concede vida e energia, mas depois dá-nos um tiro na nuca.

A política dos pequenos passos



Foi Henry Kissinger que inventou a política dos pequenos passos, a propósito do conflito israelo-árabe. Perante tamanho problema, não se podia querer resolver tudo de uma vez; assim, tinha-se que ir resolvendo uma coisa aqui, outra acolá, até que, um dia, se haveria de chegar à Resolução Final.


Não resultou, claro.


O PSD também tem adoptado a política dos pequenos passos e, embora o novo líder, Passos, seja alto, de apelido não passa de um coelho. Um pequeno roedor, portanto.


E os pequenos passos do PSD são: Santana Lopes, de 2004 a 2005, Marques Mendes, de 2005 a 2007, Luis Filipe Menezes, de 2007 a 2008 e Manuela Ferreira Leite, de 2008 a 2010. E, agora, Passos.


De pequeno passo em pequeno passo, até que Cristo desça à Terra, e traga Marcelo Rebelo de Sousa envolto em nevoeiro, ou Sá Carneiro ressuscite.


Whatever comes first…


O Coiso

domingo, 21 de março de 2010

DA MENTIRA!...


Para a semana, a comissão parlamentar de inquérito ao caso PT/TVI inicia os seus trabalhos. Sendo conhecidas as declarações dos principais intervenientes (de Granadeiro a Bava, de Vasconcelos a Bairrão), não é complicado antecipar as conclusões do “inquérito”. Mas a questão não é tanto essa.

O que é extraordinário é a oposição (incluindo o Presidente da República) não entender que um primeiro-ministro — independentemente do que possa conhecer de forma indirecta — tem a obrigação política de dizer que não conhece negócios privados enquanto eles decorrem, mais a mais se estiverem em causa empresas cotadas na bolsa. Por definição, o discurso da política não pode ter a natureza de uma conversa à mesa do café. A isto se chama sentido de Estado.

Mas ainda mais extraordinário é que as carpideiras do regime se mostrem agora tão incomodadas com a “mentira” e não tenham reagido quando tomaram conhecimento de que Durão Barroso mentiu à Assembleia da República, ao dizer que havia visto as provas da existência de armas de destruição massiva no Iraque. Então, Durão Barroso não apenas mentiu como rompeu o consenso entre os partidos portugueses no âmbito da política externa — e quando estavam em causa assuntos de vida e de morte.
Abrantes

O "ANJINHO"!



Depois das acusações dirigidas ao primeiro-ministro, dentro e fora da Assembleia da República, designadamente, por parte do PSD, Aguiar-Branco, em comentário a esta entrevista de José Sócrates e referindo-se à comissão de inquérito sobre o frustrado negócio PT/TVI, quer-nos convencer que “As comissões de inquérito existem para fiscalizar e escrutinar os actos do Governo. Não existem para incomodar ninguém, existem para esclarecer .

Em geral, sim, mas não no caso, como é evidente. Por parvos nos toma o "anjinho" Aguiar-Branco ?

Francisco Clamote

sexta-feira, 12 de março de 2010

O "SOL" PARECE UM (DES)INFORMA PARANÓICO...



Continuamos a ver “O Sol” por uma peneira e ninguém é colocado a ver o Sol aos quadradinhos.


Isto é um jornalismo de levanta lebres e mata processos sem o mínimo de consequências que não seja a de vender papel.


Confunde-se liberdade de informação com arruaça e desrespeito da vida pública e privada de quem quer que seja. Nenhum jornalista levou qualquer caso até às ultimas consequencias de modo a demonstrar que os, putativos, corruptos o eram, efectivamente. Em português vernaculo é o que se pode chamar de "jornalismo de merda".


Os visados deveriam constituir-se em associação para processar, por difamação e por outras razões fundamentantes para litigar exigindo a reposição do bom nome dos ofendidos e exemplares indemnizações aos difamados.





quarta-feira, 10 de março de 2010

O SORRISO INTERESSEIRO



Mesmo em criança Há sempre um interesse por trás de um sorriso.



Quando sorrimos é porque queremos algo, seja o leite para a alimentação, seja num brinquedo que vimos algures. Na fase adulta é pior. Ninguém sorri de graça. Por trás do sorriso há um pedido de desculpas ou um pedido para se fazer algo, seja sexo, seja para ver TV, seja tomar um copo, jogar à bola ou um arranjo diferente para o que se faz dia a dia.

É uma merda mesmo. O ser humano nunca é sincero ou verdadeiro por completo. Há sempre uma intenção oculta. Pelo menos é o que eu penso e vejo que acontece frequentemente.
Somos todos uns interesseiros por detrás do sorriso



Somos todos uns interesseiros por detrás do sorriso.



domingo, 7 de março de 2010

COM O ESPÍRITO E O BOM O HUMOR DE SÓCRATES TUDO É POSSÍVEL!...



Sempre ouvi dizer que quem tem bom sentido de humor nunca se deixa abater.


E Sócrates, quer se goste ou não se goste dele, ele tem excelente sentido de humor.
Ora sabemos que quanto mais nos rimos dos nossos inimigos mais eles perdem a cabeça e se há estratégia que nunca falha, é essa mesma, rir de quem nos quer fazer mal. A ironia que é a mãe de toda a superioridade não é para todos e desde os antigos que sabemos que quanto mais alto voa o espírito, mais os pequeninos fazem birra.


É o caso. Há para aí uma catrefada deles que mais não
fazem que não seja bater o pezinho no chão em jeito de criancinha mimada e a fazer exigências aos gritos do -"Ele que se explique" e Sócrates em jeito de paciente explicação enquanto vai correndo lá vai ironizando que nisto de criancinha embirrante ainda é o melhor. Claro que nem por isso os que estão determinados a fazer-lhe a vida negra se calarão, até porque sendo como são limitados, nunca chegam ao espírito da letra e portanto ficam sempre a leste, muito cheiinhos de si e da sua prosápia mas no fundo no fundo sempre muito perdidos sem compreender as ironias.

Mas isso já se sabe faz parte dos que querendo ser muito importantes são apenas medíocres. E quanto a medíocres, para se curar a gente não há nada melhor do que suar e em caso de ser possível ironizar enquanto se sua
.

DOMINGO MELADO!


Domingo de um começo harmonioso ainda envolto no quente da noite
Domingo que acorda com chuva irritante e sem sombra de encanto
Domingo que mostra a luz do dia cinzento de adrenalina
Domingo chuvoso sem pinga de alegria
Domingo melado sem vontade em acender a chama, que aquece a alma
Domingo banhado em água mijona que arrefece os pés e arrepia o resto do corpo
Domingo chorão porque não deixa sorrir quem quer sair para a diversão
Domingo comprido, fechado em casa revendo o que já está mais que visto
Domingo que nunca mais passa fumando cigarro atrás de cigarro talvez poluindo a raiva
Nuno Pereira
Domingo é Domingo igual a tantos outros, que já nos pesa nos ombros!

sexta-feira, 5 de março de 2010

A FASCITAGEM GOLPISTA DAS ESCUTAS...


Sobre o clima de golpismo, bufaria e delação instalado pela direita portuguesa na política, na justiça, na comunicação social e até na blogosfera, é necessário perguntar uma coisa simples: quem assim se comporta na oposição, como se comportaria no governo?

Os golpistas que se juntaram para tentar tramar o governo recém-eleito de Sócrates algum dia conquistarão o poder?

E que farão com ele, se sem ele já fazem isto?

Eles são a baixa política laranja, o poder económico que quer fazer do Estado seu criado, a comunicação social privada, boa parte da magistratura corporativista e muita fascistagem avulsa que por aí pulula, incluindo "de esquerda".

Fascismos, propriamente ditos, houve-os só durante umas décadas do século XX e acabaram todos bastante mal. Agora raramente vai havendo desse artigo no mundo, foi descontinuado. Se excluirmos o 'fascismo eterno' de Umberto Eco, que é mesmo eterno.

Fascistas é que haverá sempre, independentemente de haver ou não condições para se instaurar fascismo. Fascistas são pessoas neuróticas que torcem pelo seu país, sobretudo no futebol, mas odeiam a liberdade e a democracia. São pessoas de estrutura autoritária e sem qualquer senso moral. São demagogos, aldrabões e golpistas por vocação. São delatores, voyeurs e cínicos. Podem ser violentos, sobretudo quando estão no poder.

Já não estamos nos anos 30, mas fascistagem dessa há muita por aí.
Nik

quarta-feira, 3 de março de 2010

O país onde vivemos



Portugal já foi um país com uma imprensa de respeito, livre e independente. Hoje, por diversas razões, estamos rendidos ao imediatismo sensacionalista efémero.


À parangona fácil e à desinformação condicionadora. Pouco importa a veracidade ou a pertinência do objecto noticiado. Pouco importa a legalidade no acesso à informação ou a verificação dos factos.


Esta reflexão resulta da análise às constantes "notícias" sobre os apoios que o Simplex (blogue de apoio ao PS nas eleições legislativas) terá recebido por parte do Governo. Apoios, entenda-se, financeiros e logísticos. Fui, como sabem, um dos coordenadores do Simplex. E não recebi nada por isso. Tive uma participação voluntária num projecto que procurava apoiar a vitória do PS nas recentes eleições legislativas; projecto que hoje voltava a liderar. Admito que causámos "estragos", não só porque dominámos o debate na blogosfera (mais de 5000 visitas/dia contra pouco mais de 2000/dia no Jamais), ou porque escrevíamos no Diário Económico todos os dias (juntamente com o Jamais); mas porque fomos uma voz socialista - com força e ouvida - num espaço de comunicação geralmente dominado pela direita e pela extrema-esquerda. Sobre a questão financeira estamos falados. É mentira que o Simplex tivesse alguma vez sido apoiado.


Sobre a questão logística é verdade que as pessoas que escreveram no Simplex tinham informação política. Informação pública e publicitada, entenda-se. Afinal estamos a falar de um blogue político de apoio a um projecto político. Não seria estranho que tal não acontecesse? Não tem o Pacheco Pereira, por exemplo, acesso a informação, quando escreve? Qual é então a notícia? Nenhuma. O interesse jornalístico deste assunto é, como se vê, zero. Já o interesse político é elevado. Importa atacar o PS e o governo socialista, e contribuir para o clima de suspeição e de conspiração. Só assim se entende que uma prática legítima e expectável como é a utilização de informação pública por parte do Simplex seja motivo de apreciação tão escandalosa.


A verdade é que hoje vivemos num país amordaçado. Novamente amordaçado. Já não nos capa a liberdade o ferro da ditadura ou a guilhotina da censura. Já não nos perseguem nem nos ameaçam nas ruas ou no trabalho. Tudo é mais subtil. Disfarçam-se ataques políticos com peças informativas; e jornalistas e directores de jornais assumem o papel dos novos censores. Publicam, sob o manto da imparcialidade, mentiras, meias-verdades e boatos. Tudo que justifique mais uma venda, mais um ataque ao Governo (que vende). Tudo o que menospreze ou condicione a governança do país e os seus principais actores políticos. E queixa-se a direita (ou alguma desta) que não tem liberdade de expressão? Pois para mim tenho que só a direita (e a extrema-esquerda) têm hoje essa liberdade. Liberdade e impunidade. Ser hoje da esquerda socialista e democrática, do PS, é quase um crime de lesa-pátria, o que prova o sucesso da campanha condicionadora do debate público que referi. O exemplo da perseguição ao Simplex é apenas um, entre muitos. É apenas mais um exemplo do estado do país onde vivemos.
José Reis Santos

terça-feira, 2 de março de 2010

PORTUGAL UM PAÍS DE BUFOS... ATÉ O JUMENTO FOI APANHADO PELOS...


Nunca a consideração do Bastonário da OA, Marinho Pinto, fez tanto sentido: a bufaria existe e está aí ao virar da esquina.

A notícia do jornal i, explicada e desmentida pelo visado (O Jumento, que nunca soube quem realmente era, mas sempre li e continuarei a ler com enorme interesse e prazer), só merece um adjectivo: nojo.

Ao contrário de outros, não confundirei o jornal com o "jornalista" autor da peça, pois existem muitos jornalistas sérios, honestos e competentes naquele jornal, desde logo pelo seu director. E quanto ao "jornalista", não farei qualquer comentário, pois penso que apenas merece desprezo...

Quanto à peça, subscrevo o Tomás Vasques:


"(...) Esta perseguição por delito de opinião (e os métodos policiais utilizados contra direitos individuais e de privacidade) é um modo de estar de revanchistas desesperados e constitui apenas um exemplo deste PREC invertido a que assistimos. (...)

A subversão em curso dos mais elementares direitos individuais e do Estado de Direito, o regabofe e a impunidade reinantes, tem como objectivo afastar do governo o partido que ganhou as eleições. O desespero é tal que não se importam que a criança vá na água do banho. A «investigação» do i – a disfarçada perseguição por delito de opinião – a apoiantes do Partido Socialista na campanha eleitoral para as legislativas é apenas um pormenor na vasta teia urdida pela direita contra a democracia e o Estado de Direito."

Como já escrevi, o país está doente e a culpa é de todos nós e ninguém sai ilibado.

Ricardo Sardo