Os números da pobreza em Portugal são preocupantes. Cerca de 20% dos portugueses vivem ou estão em risco de viver em situação de pobreza. Estas taxas de risco de pobreza registam-se já depois das transferências sociais, como pensões ou subsídios, porque sem estes, a taxa de pobreza em Portugal cobriria cerca de 40% da população. Entre os grupos de risco - mais propícios a caírem em situação de pobreza - estão os idosos ( um milhão com cerca 300€) e as famílias numerosas. O desemprego, salários baixos e pensões miseráveis, colocam estes grupos em situações francamente difíceis.
As taxas de pobreza e de desigualdade no nosso país são as mais elevadas da Europa, para isso muito contribuíram os gestores públicos, a classe política, os directores e administradores do sector privado. A classe politica enquanto poder para legislar, nada fez para reduzir as desigualdades entre os benefícios dos quadros dirigentes e os salários dos trabalhadores menos remunerados. Aí está uma realidade que nos deixa muito que pensar: 20% dos mais bem pagos ganham 7 vezes mais do que os 20% mais mal pagos, é mais um máximo europeu dos portugueses. Nos países mais evoluídos da Europa esse valor é de 3 a 4 vezes, porquê? Porque nesses países (Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia etc.), as taxas dos impostos sobre os rendimentos mais altos são da ordem dos 45%. Só com uma fiscalidade progressiva, a limitação das reformas e dos vencimentos mais altos acima de certo valor, o aumento das reformas e dos salários mais baixos, se conseguirá reduzir tamanha desigualdade. Para legislar sobre isto é que servem os governos.
As taxas de pobreza e de desigualdade no nosso país são as mais elevadas da Europa, para isso muito contribuíram os gestores públicos, a classe política, os directores e administradores do sector privado. A classe politica enquanto poder para legislar, nada fez para reduzir as desigualdades entre os benefícios dos quadros dirigentes e os salários dos trabalhadores menos remunerados. Aí está uma realidade que nos deixa muito que pensar: 20% dos mais bem pagos ganham 7 vezes mais do que os 20% mais mal pagos, é mais um máximo europeu dos portugueses. Nos países mais evoluídos da Europa esse valor é de 3 a 4 vezes, porquê? Porque nesses países (Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia etc.), as taxas dos impostos sobre os rendimentos mais altos são da ordem dos 45%. Só com uma fiscalidade progressiva, a limitação das reformas e dos vencimentos mais altos acima de certo valor, o aumento das reformas e dos salários mais baixos, se conseguirá reduzir tamanha desigualdade. Para legislar sobre isto é que servem os governos.
Que me recorde, só no tempo de Guterres é que se combateu a pobreza a sério, aumentando como nunca antes o índice de desenvolvimento humano no nosso país.
2 comentários:
Está muito bem, caro Egídio.
Os números são preocupantes, e este ano com toda a certeza muitos mais pobres nasceram. Em consequência da crise mundial, Portugal entrará em recessão o que vai fazer com que haja um aumento do desemprego, que poderá passar a barreira dos dois dígitos, o que para Portugal será complicadíssimo. Espero só, que o governo tenha as pessoas como prioridade, que seja como Guterres, porque por muito que se possa discordar dele, foi o governante em Portugal que mais se preocupou com o ser humano, coisa que poucos ou nenhum Primeiro Ministro em Portugal colocou como prioridade.
É preciso humanismo na política!...
Nada disto se compara com a minha miseria.Estou comentando de um portátil emprestado.Hoje comi uma massa com um pouco de oleo mas deu para aquecer um estomago que só ingeria água já há vários dias.
-Tenho 55 anos, um enfisema pulmonar que me impede de trabalhar, estava até há pouco recebendo cento e poucos euros mensais de rendimento mínimo mas foi-me cortado (nem sei porqê).Tenho estado a viver em casa de uma filha que mal ganhava para a renda.Agora ficou desempregada e vai ser despejada por falta de paamento da renda.
-Brevemente serei mais uma sem abrigo (se não morrer de fome até lé...)Fome?fome são 3 dias, a partir daí já não se sente fome...
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