terça-feira, 12 de outubro de 2010

OS PASSOS QUE PASSOS NOS FAZ PASSAR...


Se fizermos as contas á evolução das taxas de juro da dívida soberana paga pelos portugueses e à evolução da intenção de voto no PSD chegamos à conclusão que por cada 1% de meras intenções de votos que Passos Coelho consegue nas sondagens o país paga mais 0,5 de juros pela dívida soberana. É este o preço da estratégia de um Passos Coelho que atribui mais importância à sua franja do que à economia do país.

O problema é que a este ritmo o país estará na bancarrota muito antes de o PSD poder arriscar-se a ir a votos. Passos Coelho quer que as dificuldades financeiras consigam o que os seus argumentos não conseguem, quer que uma crise financeira iluda a ausência de projecto, que uma crise política o poupe a debater o seu projecto de revisão constitucional.

Passos Coelho diz-se responsável mas não está nada preocupado com a credibilidade internacional do país, diz que não quer aumentos de impostos mas sabe que a sua estratégia visa o regresso do FMI e aumentos de impostos muito superiores do que os que agora rejeita, diz que não concorda com as medidas mas não tem coragem para fazer propostas. A imagem que Pedro Passos Coelho dá de si próprio não o favorece nada, é um político pouco escrupuloso ou, pior ainda, que faz o que gente escrupulosa lhe manda fazer, é um político que está mais preocupado com as sondagens do seu partido do que com os indicadores económicos do país, é um político sem ideias e sem projecto e é um líder sem coragem para apresentar propostas.

Passos Coelho teria autoridade se às propostas do governo contrapusesse as suas, se primeiro discutisse e negociasse e só depois lançasse a crise, se tivesse em considera os interesses do país na forma como usa uma situação em que o governo não conta com uma maioria parlamentar para lançar uma crise política. Como explicará Pedro Passos Coelho uma crise política da sua autoria num momento em que os mercados pressionam e não há soluções constitucionais, se enquanto Cavaco poderia ter dissolvido o parlamento nunca teve a coragem política de apresentar uma moção de censura.

Passos Coelho não tem coragem para enfrentar Sócrates em eleições, que viu os debates nas directas do PSD e os das legislativas sabe que o líder do PSD não tem nem inteligência nem conhecimentos para enfrentar o primeiro-ministro. Por isso nunca quererá eleições legislativas a anão ser que conte com uma grande vantagem nas sondagens. Como percebeu que nunca conseguirá essa vantagem usa a crise financeira para fazer chantagem sobre o país.

Resta saber quanto vai pagar o país em juros da dívida soberana pela falta de dimensão do líder do PSD, para já custa pelo menos 1%.

3 comentários:

Anónimo disse...

ÉS MUITO BURRO...

Egídio Peixoto disse...

não faz mal!

Egídio Peixoto disse...

Antes burro vivo que doutor morto
Antes burro vivo que letrado morto
Ler é como abrir a porta a uma horda de rebeldes que vêm contra si e o atacam em vinte sítios diferentes (...) nada é mais triste do que abrir a porta e não ver ninguém.