Bem pensava e penso que haveria muitos mais. Mas 1000 são apenas os identificados pela polícia. Pelo menos, é o que nos diz a primeira página do DN de ontem.
Certamente os outros que eu penso não são casos de polícia.
Estes 1000 têm uma composição muito interessante. 100 são mulheres e aqui há uma grande margem de progressão, como se diz em linguagem futebolística. A "embaixada estrangeira" já é significativa. 200 são de países do Leste europeu, onde predominam os romenos. Os brasileiros, segundo o jornal referido, já contam com umas dezenas. E ainda há os de norte de África e outros que actuam lá mais para o Rossio.
Há equipas mistas de portugueses com carteiristas de outras origens e uma ensinança pelos portugueses das outras comunidades, uma transmissão de conhecimentos. É a internacionalização no gamanço. Ainda aparecerão de futuro escolas profissionais, pois a profissão está a dar!.
Nos tempos que correm "a profissão de gatuno" não vai má. A maioria embolsa aí 1000 euros/dia. E sabendo-se que muitos deles só actuam nas horas vagas pois acumulam com uns biscates de assaltos a lojas e a casas particulares e ainda por cima limpinho de impostos, não deixa de ser um boa actividade. E há mercado diversificado, alguns têm potentes carros e fazem-se deslocar nos dias 12 e 13 a Fátima e no Verão para as zonas de praia, onde o Algarve assume lugar privilegiado.
As alterações da lei penal também lhes veio facilitar a vida e assim quase nunca são incomodados. São muito conhecidos até confraternizam quase todos os dias muitos deles na Praça da Figueira, onde um grupo grande almoça.
Pena é que não haja uma sensibilização em termos de poupanças - Uma tarefa para o MF - pois segundo consta os mais velhos poupam pouco porque o álcool consome grande parte do pecúlio diariamente obtido, com tanto esforço, conhecimento e inovação. Os mais novos aplicam o pecúlio já não no álcool, modernizaram-se e então a partir do fim do dia vão aos mercados da droga para alimentar depois a sua noite.
Joao Abel de Freitas
2 comentários:
Um caso a ponderar nas novas oportunidades.
Alguns carteiristas seguiram o aconselhamento do Sr. Presidente fazendo "férias cá dentro": Algarve e Fátima.
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