sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O que a TVI e Manuela Moura Guedes têm feito, no jornal das sextas-feiras, é perseguição pura e dura a Sócrates, não é jornalismo.


O negro balanço
É frequente dizer-se que a crise que o Mundo atravessa é culpa da Comunicação Social porque se transforma no veículo de divulgação das más notícias. É frequente dizer-se que a crise económica é culpa dos jornalistas, porque contribuem para agravar a crise de confiança que está instalada. É frequente afirmar-se que são os jornalistas que criam os casos, que perseguem as pessoas, que violam o segredo de justiça, assumindo o papel de abutres.


Ninguém nega que a Comunicação Social vive tempos difíceis, de credibilidade, de afirmação, de rigor e de independência. Hoje temos jornalistas amordaçados pelo medo. E temos jornalistas que estão na bolsa de valores, que se vendem ou deixam comprar, hipotecando no mercado de interesses a sua carteira profissional. Mas daí a dizer-se que são os culpados das crises, culpados, por exemplo, do chamado caso Freeport, por destilarem notícias que não são verdadeiras, é carga a mais para os seus ombros. Ou dizer-se que são todos assim é, no mínimo, injusto e pouco sério.
Assente a poeira, façamos então um breve balanço da cobertura pelos media do caso Freeport. Mas, para isso, importa separar o trigo do joio.
Nunca alinhando nas teses da cabala e das campanhas negras, pode dizer-se, de um modo geral, que a Comunicação Social andou bem e que até fez algum trabalho de investigação. O mesmo não aconteceu com o jornal ‘Público’, com as velhas guerras contra Sócrates, que mancham a sua isenção e credibilidade e com a TVI do casal Moniz. O que a TVI e Manuela Moura Guedes têm feito, no jornal das sextas-feiras, é perseguição pura e dura a Sócrates, não é jornalismo. O casal Moniz serve-se deste órgão de Comunicação Social poderoso para fazer campanha política. É arrepiante o que se passa às sextas-feiras nesta estação, com as peças montadas e articuladas ao sabor dos comentários da pivô do jornal. Este jornal da TVI está transformado numa máquina para triturar Sócrates e para assassinar o seu carácter, sem respeito pelas garantias básicas deste cidadão, que também tem direito ao seu bom-nome. Sem prejuízo da veracidade dos factos sobre o caso Freeport, a informação não pode ser feita a qualquer preço.
Os olhos, o rosto, o fácies, os trejeitos na cadeira e a incomodação de Manuela Moura Guedes são escandalosamente visíveis. E estes também são elementos estimáveis na apreciação de uma informação séria, isenta e responsável, o que não é o caso. Incomoda este espectáculo.
E, quando assim é, Sócrates tem razão.
Rui Rangel, Juiz desembargador

1 comentário:

Anónimo disse...

Miguel Felgueiras na Assembleia Municipal falou em ética. Não lhe parecia bem que Cabral alterasse o Mapa de pessoal da Câmara a dez meses das eleições.
O Miguel Felgueiras trabalha na Câmara de Felgueiras, onde a sus prima Fátima Felgueiras é Presidente. COINCIDÊNCIA CLARO.
O Miguel Felgueiras atinjiu o topo da carreira aos 30 e poucos anos (Chefe de Departamento) este lugar só se chega lá pelas vias normais depois de mais de 30 anos de casa. COINCIDÊNCIA CLARO.
Miguel Felgueiras continue a falar de ética porque tem muita moral.