sexta-feira, 15 de abril de 2011

Agências de rating, o que pensar!


As agências de notação financeira, nomeadamente a Moody's e a Standard & Poor's (S&P), é que estiveram na origem da grave crise financeira mundial que eclodiu em 2008, revela um relatório do Senado norte-americano conhecido esta sexta-feira… link

Este relatório evidencia os conflitos de interesses dessas agências que são pagas pelas empresas que classificam e as enormes responsabilidades pelo agravamento da actual crise financeira.


Em Portugal, a exemplo do que sucede em diversos tribunais dos EUA e do processo levantado em Espanha, por economistas alemães e, recentemente por um grupo de cidadãos portugueses que apresentou uma queixa dessas agências na PGR, pretendendo que lhes seja levantado um processo judicial. Decorre paralelamente uma petição pública link iniciada em 7 de Abril 2011, cujo texto – virado para a situação portuguesa - merece ser lido e, de certo modo, antecipa as conclusões da Subcomissão do Senado norte-americano.


Na verdade, os mercados financeiros [na realidade todos os “mercados”] necessitam de regulados por entidades independentes e idóneas. Os sacrifícios que estas agências têm imposto a muitos povos conferem um carácter de urgência a medidas fiscalizadoras. Entretanto, quer as agências de rating quer as empresas financeiras beneficiárias [como é o caso referido pelo relatório do Senado sobre Banco de Investimento Goldman Sachs link ] deveriam ser duramente penalizadas pelas entidades competentes… E os prejuízos que os Estados e as empresas financeiras espalhadas pelo Mundo tiveram de arcar, ressarcidos.


Entretanto, julgo de elementar justiça que, na sequência dos abundantes indícios que vão surgindo por todo o lado, as agências de rating mais responsáveis [Moody's, Fitch e Standard & Poor's] deveriam ser obrigadas a suspenderem as [nefastas] actividades a que se vêm dedicando. Seria uma medida salutar para os Países em dificuldades financeiras e orçamentais. Quiçá, a "poção tranquilizante" capaz de “acalmar” [e sanear] os ávidos mercados financeiros.

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