sexta-feira, 25 de março de 2011

ABERTA A CAIXA DE PANDORA


Tal como pairava no ar, Pedro Passos Coelho, em Bruxelas, num encontro com os seus parceiros do Partido Popular Europeu [Centro-Direita], mete os pés pelas mãos.

Primeiro, afirma não ter um “conhecimento completo da situação financeira…” link pelo que não é capaz de propor medidas concretas.
Por este caminho e como as eleições vão demorar cerca de 3 meses, pensará o dirigente do PSD ser possível “suspender “ o País durante tão dilatado tempo?
Claro que, nos contactos havidos em Bruxelas, terá tido conhecimento que não dispõe desse tempo.
O Estado precisa de financiar-se a curto prazo e são insuportáveis os juros das Obrigações de Tesouro [em todas as “maturidades”]. De facto, as agências de notificação financeira - no seguimento da crise política - começaram a depreciar o rating de Portugal num ritmo inexorável. link

Entretanto, por cá, o PSD exibe as primeiras e insanáveis contradições.
Confrontado com o agravamento da situação financeira decorrente da crise política, o secretário-geral Miguel Relvas link "ateou o fogo ao palheiro". Admitiu a eventualidade de aumentar o IVA para 25 %, i. e., taxando o consumo, mas como o seu próprio partido reconhece trata-se de um “imposto cego” link que afectará os 10 milhões de portugueses… Ao contrário do que Relvas sugere o aumento do IVA não poupa os mais desfavorecidos, atinge todos e na mesma medida.

Aliás o IVA foi um dos cavalos de batalha do PSD aquando da discussão do OE 2011…

Finalmente, Passos Coelho que se mostrou tão indignado por Sócrates ter negociado o PEC IV em Bruxelas antes de o fazer cá, ontem, andou a distribuir aos seus parceiros europeus do PPE, reunidos na mesma cidade, uma “carta-compromisso” cujo conteúdo os portugueses desconhecem… mas adivinham.
Será o PEC IV revisto e aumentado ou, para não plagiar, o PEC 5-1 = [4]!

Na verdade, o PSD quando decidiu ir ao pote acabou por, inopinadamente, abrir uma caixa de Pandora

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