sexta-feira, 9 de julho de 2010

Durão Barroso classifica como “duríssima” sentença sobre golden share na PT


(Francois Lenoir/ Reuters) O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, considerou hoje que a sentença do Tribunal de Justiça da UE sobre golden share do Estado português na PT foi “duríssima”, à margem da abertura do Global Business Forum da Cotec Portugal, que decorre no Estoril.
“Se houvesse dúvidas quanto à posição da Comissão Europeia, elas foram tiradas pela sentença duríssima” do Tribunal de Justiça da EU, disse Barroso.
O presidente da Comissão Europeia recusou, no entanto, comentar a posição do Governo de voltar a usar a golden share na PT caso a Telefónica volte a fazer uma proposta para controlar a Vivo. Lembrou que a Comissão Europeia tem uma posição muito concreta sobre o uso das acções especiais, e citou o caso de 1994, quando Jacques Delors votou contra uma posição francesa numa companhia de petróleo.
“A existência de uma golden share não é sustentável, a não ser em casos-limite e por razões de segurança nacional”, acrescentou. Ao existirem este tipo de títulos, não há o respeito pelo princípio de liberdade de circulação e da não discriminação.
Obs.: Por momentos pensei que a sentença do Tribunal Europeu se aplicava mais aos ex-PM que abandonam o poder nacional em nome de interesses europeus obscuros do que ao Estado que ainda mantém o anacronismo dos direitos especiais em alguma empresas.
Seja como for, Barroso foi igual a si próprio, vê o mundo consoante o lugar que ocupa no aparelho de poder europeu, não surpreende.
Por outro lado, vai assegurando um emérito papel de porta-vox do BES - e loho no Estoril - para as questões empresariais, o que lhe valerá um lugar no board do banco controlado por Ricardo salgado, e isso, é, naturalmente, melhor para Barroso do que para Portugal como, de resto, se tem pautado o seu mau mandato na Comissão.
Como Belém está ocupado quando Barroso cessar o seu mandato, que tem empobrecido a Europa a olhos vistos, a presidência da Santa Casa da Misericórdia não o seduz, resta, pois, o regresso à avença do Bes - que também alimentava o ex-MNE do velho "Botas".
Fora isso, existiria sempre uma fundação - a oriente ou a ocidente - que aceitasse este sub-produto bruxelense que traíu a Europa de Delors, Monnet, Schuman, Adenauer e outros grandes que dela fizeram um pólo de poder com prestígio, influência e estatuto, que ela hoje manifestamente não dispõe.
E isso também se deve ao mau mandato de Barroso.

1 comentário:

Anónimo disse...

DURÃO BARROSO é um burro, enquanto foi Cavaco que foi o primeiro-ministro e ele ministro dos negócios estrangeiros, esta questão da golden share não se punha. Nem mesmo quando Durão Barroso foi primeiro-ministro de Portugal, agora que é Sócrates, tudo está errado. Menos na Alemanha com a wolksvagem, em Itália com outra em empresa que não sei precisar o nome mas que Berlusconi, etc. em Espanha foi o mesmo com a telefónica Há e na Holanda... mas o Durão só olha mesmo para nós para os pequeninos, mas que foram eles que lhe deram o ser… embora fraco ser, mesmo muito fraco basta olhar para quando abandonou o país a troco de “soldos”, isso não é de um estadista um estadista está e estará sempre nem que tudo lhe esteja a correr mal em termos pessoais. Porque o mais importante é o país e o compromisso assumido com o seu povo, e não esperar como espera Passos Coelho para tomar o poder isso não de um estadista e Proença de Carvalho já o disse.
É triste que os políticos se comportem desta forma. Quando não concordam com o seu rival o que tem a fazer é deitar o governo abaixo ir a eleições para o povo escolher quem a governar e não esperar que tudo passe ( o difícil) para aí ir a eleições. A noção de estadista está muito em baixo para o lado do PSD.