Todos vocês que habitam na minha alma, dia após dia, um a seguir ao outro, tento acabar... em mim, olhar em frente, névoa sem fim.
Dia a dia, hora após hora, eternamente acabar... em mim.
Espíritos que voam em círculos perdidos dentro... nada, zero, frio, e absoluto das palavras, que por vocês o vento carrega.
Fogo ardente, paixão seca e nefasta, como sempre e eternamente sem um fio... corda ao pescoço que alargo entre as tuas mãos que apertam o laço... e lanço-me mais uma vez ao abismo... quase uma vida, esquecida e perdida em montes inúteis de vozes que ecoam na caverna do esquecimento... teus ouvidos moucos ecoam as preces que desaparecem em fezes... nesta vida, ao som do álcool que escorrega, para dentro de um vazio tremendo... oiço a tua voz naquelas palavras que já não me ferem, por anos que já passaram e de nada valeram... continuo a aprender com vocês, vozes que disparam gelo, neste gelo que me aquece... por fim o limiar da meta... que merda.
E em conclusão inócua, ele diz:
“Está bom.”