sexta-feira, 29 de junho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
sábado, 2 de junho de 2012
Marqueiro venceu internas do PS com 76,5% dos votos
Rui Marqueiro venceu as eleições para a Comissão Política Concelhia da Mealhada do Partido Socialista, que se realizaram na sexta-feira, 1 de junho, o antigo presidente da Câmara da Mealhada e líder dos socialistas desde 2009, triunfou sobre António Jorge Franco, tendo sido, assim, eleito para o quarto mandato consecutivo.
In JM
Parabéns Dr. Rui, que consiga promover a diferença neste seu ultimo mandato e que seja o inicio de uma nova era como candidato à Câmara da Mealhada.
In JM
Parabéns Dr. Rui, que consiga promover a diferença neste seu ultimo mandato e que seja o inicio de uma nova era como candidato à Câmara da Mealhada.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
POBREZINHOS MAS HONRADOS
Ontem, na cimeira informal de líderes da União Europeia, voltámos a ver Pedro Passos Coelho ao lado de Angela Merkel na recusa do mecanismo de
eurobonds que não apenas aliviaria drasticamente o peso dos juros da
dívida nas contas públicas portuguesas, como ainda proporcionaria maior
competitividade a um tecido empresarial português com acesso a crédito
mais barato. E há uma grande diferença entre os dois. Angela Merkel é
alemã, Passos Coelho é português. Estará convencido do contrário.
O estado alemão é o que menos paga em juros na Zona Euro:
1,5% por dívida a 10 anos. A taxa recuou a semana passada para um novo
mínimo histórico. Ainda ontem, a Alemanha vendeu obrigações a 2 anos com
um juro próximo de 0%, 0,07%.
Leu bem. A média do custo de financiamento dos últimos dois anos é de
2,48%, muito menos do que o país historicamente alguma vez pagou. E já
adivinhou de onde são as três empresas que menos pagam pelo
financiamento entre as 600 maiores cotadas europeias. Da Alemanha,
claro.
De
facto, o negócio da austeridade tem-se revelado bastante lucrativo para
a Alemanha. Financia-se a uma média de 1,5% e “ajuda” os países da
periferia em dificuldades a cerca de 5%, ou seja, obtendo uma margem de
aproximadamente 3,5%. Isto já para não falar dos lucros que o sector
financeiro alemão consegue amealhar obtendo liquidez junto do BCE a 1% e
depois utilizando-a na compra de dívida dos países da periferia a juros
5, 10, 30 vezes esses 1%. Por exemplo, as OT a 2 anos do país de origem
de Passos Coelho ultrapassaram hoje os 14,6% no mercado secundário. “Tudo perfeitamente normal”, como diria aquele seleccionador nacional de futebol que não ganhava uma. Artur Jorge, lembram-se?
Quem diria que, vários anos depois, teríamos um Primeiro-Ministro a funcionar no mesmo registo “tudo perfeitamente normal”. Passos Coelho: Números da execução orçamental "não nos surpreenderam".
Referia-se à aceleração da deterioração das nossas contas públicas que
continuou a verificar-se entre Março e Abril. A receita continuou a
cair, apesar do aumento brutal da carga fiscal. A despesa continuou a
aumentar, apesar do roubo de subsídios de férias e de Natal a
funcionários públicos e apesar dos cortes brutais nos sectores da Saúde e
Educação, principalmente nestes.
Mas
desenganem-se aqueles que apressadamente concluem que tudo isto é mera
estupidez natural. Não existe estupidez natural quando há quem esteja a
ganhar rios de dinheiro. Não é só na Alemanha que a crise está a fazer
milionários. Não é à toa que há uma auditoria à dívida portuguesa que
PSD, PS e CDS recusam como recusam. O
Estado gastou 323,8 milhões de euros com as parcerias público-privadas
(PPP) entre Janeiro e Março, valor que compara com os 251,3 milhões
despendidos pelos cofres públicos no primeiro trimestre de 2011 e que
traduz um acréscimo de 28,8%. Mudou o Governo, mas apenas isso. As clientelas são as mesmas.
Quanto
aos cerca de 1,2 mil milhões de euros em juros que pesam na execução
ontem divulgada, que poderiam reduzir-se para apenas cerca de 250
milhões com a aprovação do mecanismo de eurobonds que Pedro Passos
Coelho não quer, traduzem tanto a recapitalização de um sector
financeiro na ressaca de duas décadas de desvarios que, se tornados
públicos, forçariam a sua nacionalização, como ainda, e sobretudo, a
ausência de sondagens que traduzam uma pressão política capaz de
convencer Passos Coelho de que é português e não alemão. Os portugueses
compreendem. Compreendem sempre. Pobrezinhos mas honrados. Repete-se,
são elogiados por essa Europa fora. "Os portugueses pagam", diz-se "lá
fora". Trocam elogios pela dignidade do seu presente e pelo direito a um
futuro.
País do Burro
terça-feira, 24 de abril de 2012
Síndrome da incompletude
Há pessoas como casas inacabadas
Promessas fracassadas de grandeza
Aquém do zénite da sua beleza
A esquelética estrutura condenadas.
Vemos amiúde tais testemunhas silenciosas
Cheias de discrição e firmemente ociosas
Que antes de digna existência
Já estão decrepitas e em demência.
Não chegam a ser náufragos
Falta-lhes viagem, solenidade inaugural,
Comité festivo e respectivo ritual.
Abortos quixotescos
Testemunhos de imperfeição
Com trémula majestade
Mas repletos de desilusão.
Sem veludo, cetim ou lantejoula
Construções lacunares, ásperas e nuas
Parecem murmurar por esmola.
Assombrações com corpos corroídos
De palavras mudas e desejos traídos.
Titãs de potencial asfixiado
Falam como quem pede desculpa,
Por estarem à míngua do projectado.
Anjo Canhoto
A AVALANCHE
O FMI prevê que Portugal sofrerá, até 2016, uma avalancha de investimento estrangeiro. O governo já tinha dito o mesmo, mas aos nossos governantes sempre dou um desconto por confundirem a venda ao desbarato do nosso património com investimento. São néscios e aldrabões, não nos devemos admirar que misturem a realidade com a fantasia.
Agora, quando vejo o FMI dizer o mesmo, então já fico com “a pulga
atrás da orelha”. Vai daí, dei 1,10€ pelo JN para ler a notícia - que
tinha chamada de capa.
Na página 48 confirmei as minhas suspeitas. O FMI diz, na verdade, o
mesmo que os nossos governantes mas acrescenta ( pormenor importante
que o nosso governo escamoteia…) “os ganhos da economia serão quase nulos!”.
Ou seja, quando este governo der à sola depois de vender todas as
nossas empresas lucrativas a capital estrangeiro, terá cumprido a sua
promessa eleitoral de deixar o país mais pobre e sem quaisquer hipóteses
de recuperação porque, como também diz o FMI “ (do investimento
estrangeiro) pouco ficará em termos líquidos na economia, já que os
investidores vão extrair rendas e lucros, repatriando os ganhos para os
seus países de origem”. Ainda de acordo com o FMI, a partir de 2017
haverá “ um agravamento das necessidades de financiamento”. Como iremos pagá-lo, é que o FMI nada diz.
Resumindo: este governo delapida o país em quatro anos, os seus membros
ganharão o reconhecimento dos investidores e, muito provavelmente,
serão contemplados com cargos nas empresas que venderam ao desbarato,
ou em algumas das suas subsidiárias, para não dar tanto nas vistas. Os
portugueses ficarão soterrados nos escombros desta avalanche de
investimento, à espera que as brigadas de socorro venham em sua
salvação.
Sabendo o que nos reserva o futuro, Cavaco faz agora coro com o governo,
dizendo que vamos sair da crise mais rapidamente do que era esperado.
Estamos entregues aos bichos!
Carlos Barbosa
Carlos Barbosa
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Paula e a síndrome de Estocolmo
Ministra da Justiça admite que corte de subsídios perdure após 2015…
Afinal não se tratou de um lapso mas de um relapso vício de mentir aos portugueses. A intolerável chicana política tecida pelo actual Governo à volta dos cortes de subsídios mostra a ligeireza e a indignidade do exercício do poder e como é possível fazer política com honestidade e sobranceria. Não é indiferente para os portugueses e portuguesas ter de 'suportar' um corte temporário de subsídios (uma importante redução de rendimentos) ou ser vítima de um brutal confisco. Como também não será indiferente esta enviesada e propositada “confusão” para os partidos políticos e comportamento cívico dos cidadãos. O anúncio da Sr.ª Ministra de que os cortes de subsídios podem perdurar após 2015 significa, pura e simplesmente, o falhanço das actuais “soluções” austeritárias. Claro que esse facto terá consequências políticas. Uma delas será que a actual coligação (após 2015) terá de passar pelo crivo de eleições legislativas (por coincidência em 2015, se não forem antes). Portanto, a advertência de Paula Teixeira Pinto, além de extemporânea e politicamente suicidária, mostra uma outra perversidade. A ilusão dos actuais governantes de que à custa de malabarismos e da exploração do medo podem eternizar-se no Poder. A sociedade portuguesa não se deixará devorar (capturar) pela Síndrome de Estocolmo. Punirá os sequestradores da democracia. Afastará os carrascos que teimam em cercear as suas legítimas aspirações.
Ponte Europa
Afinal não se tratou de um lapso mas de um relapso vício de mentir aos portugueses. A intolerável chicana política tecida pelo actual Governo à volta dos cortes de subsídios mostra a ligeireza e a indignidade do exercício do poder e como é possível fazer política com honestidade e sobranceria. Não é indiferente para os portugueses e portuguesas ter de 'suportar' um corte temporário de subsídios (uma importante redução de rendimentos) ou ser vítima de um brutal confisco. Como também não será indiferente esta enviesada e propositada “confusão” para os partidos políticos e comportamento cívico dos cidadãos. O anúncio da Sr.ª Ministra de que os cortes de subsídios podem perdurar após 2015 significa, pura e simplesmente, o falhanço das actuais “soluções” austeritárias. Claro que esse facto terá consequências políticas. Uma delas será que a actual coligação (após 2015) terá de passar pelo crivo de eleições legislativas (por coincidência em 2015, se não forem antes). Portanto, a advertência de Paula Teixeira Pinto, além de extemporânea e politicamente suicidária, mostra uma outra perversidade. A ilusão dos actuais governantes de que à custa de malabarismos e da exploração do medo podem eternizar-se no Poder. A sociedade portuguesa não se deixará devorar (capturar) pela Síndrome de Estocolmo. Punirá os sequestradores da democracia. Afastará os carrascos que teimam em cercear as suas legítimas aspirações.
Ponte Europa
ARGENTINA
Em dia histórico de nacionalização da YPF, a única companhia de exploração petrolífera privatizada da América Latina, vale a pena lembrar o processo de privatização. Não há duas sem três. E esta é terceira vez que aqui publico o documentário argentino "Memória de um Saque". Chamo a atenção para a parte a partir do minuto 59:00, onde o caso da YPF é tratado em concreto. O documentário é todo obrigatório, dados os paralelismos com a situação portuguesa nos dias que correm.
Fernando Solanas, realizador do documentário, foi baleado depois de ter denunciado publicamente o processo de privatização.
Nuno Teles
quarta-feira, 18 de abril de 2012
PAULA TEIXEIRA DA CRUZ

É uma pena que a ministra ande tão empenhada no enriquecimento ilícito e não disponibilize os meios financeiros para que os submarinos sejam investigados. Algo está muito podre quando um governo pode "gerir" o que o MP pode investigar através da asfixia financeira.
«O procurador-geral da República (PGR) justificou esta terça-feira o atraso na investigação do caso da compra de dois submarinos à Alemanha com a falta de dinheiro para a realização de perícias.
"É muito difícil quando mete perícias. São caríssimas e temos estado à espera que o Ministério da Justiça disponibilize a verba", disse Pinto Monteiro, a propósito do inquérito sobre a compra de submarinos que está a ser investigado há anos pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).» [CM]
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