segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Eleições alemãs: O amansar da fera…


A estratégia de defesa do euro, no decurso da actual crise, tem sido dominada pelas concepções financeiras, económicas e políticas da chanceler alemã Angela Merkel.

A líder da União Democrata-Cristã [CDU] tem desenvolvido uma política conservadora que tem influenciado toda a Europa. No decurso das eleições regionais alemães, hoje, sofreu o primeiro grande revés. Na Cidade-Estado de Hamburgo, terra donde é natural, o candidato da CDU, Christoph Ahlhaus, obteve 20.5% dos votos, sofrendo uma inequívoca derrota para o social-democrata Olaf Scholz [49.5% dos votos]. euronews

Este foi o primeiro dos 7 actos eleitorais dos “Landers” e, era considerado pelos analistas importante, para a sobrevivência política de Merkel, à frente dos destinos da Alemanha.

Em Março, realizam-se as eleições em Baden-Wuerttemberg onde – segundo as projecções - a CDU corre novamente o risco de ser derrotada.

Começa, assim, um novo ciclo político que é caracterizado pelo empalidecimento da sustentabilidade de Angela Merckel à frente do Governo Alemão. O que não significa a derrota da CDU, em próximas eleições federais.

Apesar de serem eleições regionais, estas influenciam a política federal, i. e., a política externa germânica e a política fiscal já que a mesma tem de ser aprovada pelo Bundesrat [o Conselho Federal], onde, a partir destas eleições de Hamburgo, a CDU tornou-se minoritária. Todavia, apesar destas vitórias regionais, a nível federal, o Partido Social-Democrata [SPD] na Oposição, continua a apresentar uma imagem de fraqueza, captando pouco acima dos 20% nas intenções de voto do eleitorado.

No entanto, as alterações da relação de forças no Bundesrat podem, dentro do pragmatismo político alemão, ter uma tradução na política financeira da UE.
A ver vamos.

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