O FMI prevê que Portugal sofrerá, até 2016, uma avalancha de investimento estrangeiro. O governo já tinha dito o mesmo, mas aos nossos governantes sempre dou um desconto por confundirem a venda ao desbarato do nosso património com investimento. São néscios e aldrabões, não nos devemos admirar que misturem a realidade com a fantasia.
Agora, quando vejo o FMI dizer o mesmo, então já fico com “a pulga
atrás da orelha”. Vai daí, dei 1,10€ pelo JN para ler a notícia - que
tinha chamada de capa.
Na página 48 confirmei as minhas suspeitas. O FMI diz, na verdade, o
mesmo que os nossos governantes mas acrescenta ( pormenor importante
que o nosso governo escamoteia…) “os ganhos da economia serão quase nulos!”.
Ou seja, quando este governo der à sola depois de vender todas as
nossas empresas lucrativas a capital estrangeiro, terá cumprido a sua
promessa eleitoral de deixar o país mais pobre e sem quaisquer hipóteses
de recuperação porque, como também diz o FMI “ (do investimento
estrangeiro) pouco ficará em termos líquidos na economia, já que os
investidores vão extrair rendas e lucros, repatriando os ganhos para os
seus países de origem”. Ainda de acordo com o FMI, a partir de 2017
haverá “ um agravamento das necessidades de financiamento”. Como iremos pagá-lo, é que o FMI nada diz.
Resumindo: este governo delapida o país em quatro anos, os seus membros
ganharão o reconhecimento dos investidores e, muito provavelmente,
serão contemplados com cargos nas empresas que venderam ao desbarato,
ou em algumas das suas subsidiárias, para não dar tanto nas vistas. Os
portugueses ficarão soterrados nos escombros desta avalanche de
investimento, à espera que as brigadas de socorro venham em sua
salvação.
Sabendo o que nos reserva o futuro, Cavaco faz agora coro com o governo,
dizendo que vamos sair da crise mais rapidamente do que era esperado.
Estamos entregues aos bichos!
Carlos Barbosa
Carlos Barbosa
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