Um dia passado, às voltas com as notícias que vão saindo nos jornais online, no rádio e na televisão, algumas notas que tomei:
- Pudemos perceber que, ao longo do último mês, pelo menos, os jornais serviram de veículo de propaganda e de desinformação, alarmando continuamente a população, tudo fazendo para que a avaliação que fizéssemos do governo fosse aquela que os partidos de direita e de extrema esquerda, em união perfeita, uns por um lado outros pelo outro, queriam.
- À parte uma nota final no editorial de Pedro Santos Guerreiro, não me apercebi de qualquer tentativa de justificação da parte dos media de tanta incompetência. A não ser que não seja incompetência, que seja mesmo luta política, da mais baixa.
- As medidas que se vão conhecendo são, tanto quanto me apercebi, as que estavam previstas no PEC 4, com algumas outras alterações ou especificações, nomeadamente na redução da despesa do estado, privatizações, etc.
- De facto a sensação que fica, mais uma vez e com mais sustentação, é que o PSD precipitou a queda do governo para evitar que Sócrates conseguisse evitar a intervenção externa e, apesar de tudo, pudesse aguentar-se este ano, com a eventual ajuda da União Europeia, e ultrapassar a pressão d'Os Mercados.
- Ficámos com a certeza de que o PSD precipitou a demissão do governo negando apoio ao último PEC, primeiro porque era muito duro, depois porque era pouco duro, para agora vir a apoiá-lo, ensaiando uma distância e uma soberba ridículas, descredibilizando-se totalmente, se ainda tinha algum crédito de sobra.
Sócrates conseguiu ganhar mais esta batalha. Vamos a eleições sem qualquer razão, perdemos um mês sem qualquer préstimo, mostrámos internacionalmente uma imagem de doidos e oportunistas, cavámos mais fundo o insuportável fosso entre eleitores e eleitos.
Cada vez mais se configura a repetição do quadro parlamentar anterior, com a vitória do PS nas próximas eleições. E ainda bem, porque este PSD demonstrou bem qual a importância que dá ao país. Tudo vale, mas mesmo tudo, para alcançar o poder.
1 comentário:
"...aquilo (a Caixa Geral de Depósitos)só dá 350 mil euros e o carro tb não é grande coisa..." terá dito Manuel Pinho a Eduardo Catroga, que acaba de revelar este pungente desabafo deste XUXIALISTA (Xuaxialista - aquele que xuxa - xuxa o povo até ao tutano, mas sempre com a boca atafulhada da palavra solidariedade).
São os xuxialistas como este (Sócrates à cabeça) que o proprietário deste Blog tanto ama, talvez esperançado em xuxar tb alguma coisa, sempre com a mais ternurenta das solidariedades...
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